Vice-presidente da Libes diz que continua magoado
• Siga o Portal O Taboanense no Twitter e no Facebook
———————————
A polêmica envolvendo irregularidades na prestação de contas da Liga Independente dos Blocos e Escolas de Samba (Libes) ainda não acabou. Messias, vice-presidente da instituição, diz estar muito chateado ainda pelo rumo que as investigações foram tomadas pela Polícia Civil e expõe sua opinião em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense.
A polícia justifica a investigação e diz que ouve erros crassos que foram retratados por uma funcionária concursada da prefeitura. Segundo o relatório, a Libes apresentou documentos fiscais divergentes do solicitado pelo TCE. “Ou seja, ao invés de notas fiscais, foram encontrados pedidos, orçamentos, cupom fiscal, débitos em conta, cadastro de cliente, vales”, apontou o relatório policial.
Foto: Eduardo Toledo
Messias, vice-presidente da Libes: mágoa com a investigação policial
Para Messias, é possível que existam alguns erros na prestação de contas da Libes, mas nada grave. “É a coisa mais comum do mundo ter alguma irregularidade porque todo mês muda alguma coisinha, o que aceitam hoje, amanhã já não aceitam mais”, é o que diz o vice-presidente da Libes sobre a prestação de contas da verba recebida em 2010.
Messias ainda complementa dizendo: “O único erro que podemos ter tido é aceitar cupom fiscal no lugar de nota fiscal por sermos leigos no assunto, fico muito chateado com a atitude da polícia, ninguém veio perguntar para mim, foram logo nos tratando como bandidos. Além de não nos consultar ou perguntar, eles mandaram direto para a dívida ativa, existia o interesse de prejudicar, não sei de quem, mas tinha o interesse”.
Quanto ao valor que foi declarado de forma errônea segundo a polícia, Messias fala: “Outra coisa que eu também acho errada é eles falarem que devemos o valor total, de R$ 120 mil, não eram todas as notas que não estavam adequadas, se eles me falassem, por exemplo, ‘é R$ 10 mil que está errado’, eu até tiraria do meu bolso para não precisar passar por essa situação. Em nenhum momento falaram de notas frias no relatório da polícia, no fim das contas, vai ser provado que não existiu crime algum”.
Segundo Messias, era repassado para as escolas, em media R$ 5 mil, o máximo já repassado foi R$ 9 mil, o resto do valor era utilizado para garantir a infraestrutura da festa. “Tivemos uma reunião com a secretaria da cultura dia 17 e outra com o prefeito dia 12 e eles garantiram que darão a infraestrutura, por um acaso a gente queria outra coisa além da estrutura?”, questiona.
Ressentimentos
O vice-presidente da Libes diz não aceitar o rumo que as investigações foram tomadas, segundo ele, ninguém o consultou ou falou com nenhum fornecedor sobre as notas apresentadas de forma errada.
“Sujaram meu nome e o nome da minha família, moro há 40 anos em Taboão e me trataram dessa forma, como podem dizer que é uma entidade fantasma com integrantes que moram na cidade há mais de 20 anos? Eu não tenho vergonha de nada na vida, a única vergonha que eu tive foi da desonra e covardia que fizeram comigo, lamento muito o constrangimento que minhas filhas passaram”.
Messias ainda critica a forma que era feito o repasse da prefeitura para a Libes. “Todo ano o repasse vinha só depois de janeiro, se a Prefeitura não tem planejamento é outra coisa, existe carnaval há 26 anos em Taboão, carnaval não se faz com Prefeitura, se faz com o povo e não vai acabar”.