Vereadora Erica apresenta documentos e rebate acusações
A vereadora Érica Franquini apresentou nesta quarta-feira, dia 16, uma série de documentos que comprovam que ela teria sido expulsa do seu ex-partido, o PDT, no início deste ano. Após acusações do secretário estadual do partido, Lúcio Maluf, que desmentiu a versão apresentada pela vereadora durante entrevista ao Portal O Taboanense. Clique aqui e veja o documento apresentado pela vereadora.
“Fico muito triste com o que estão falando, que eu forjei minha expulsão. Aqui estão todos os documentos que comprovam que fui vítima de uma armação política, fiz tudo pelo crescimento do PDT em Taboão da Serra e infelizmente as pessoas do partido não reconhecem o que eu fiz”, afirmou Érica Franquini.
O imbróglio jurídico começou quando a vereadora solicitou uma certidão de filiação, documento necessário para concorrer as eleições a deputada federal. “Quando solicitei essa certidão, constava que eu havia sido expulsa. Alguém que tinha a senha fez essa armação, isso me prejudicou muito”, garante.
Durante a entrevista ao Portal O Taboanense, Érica Franquini mostrou diversos documentos que comprovam que ela foi expulsa no dia 15 de janeiro deste ano. Sem partido, Érica desistiu de sua candidatura a deputada federal e se filiou ao PSDB. “É uma situação muito incomoda, fiz tudo pelo PDT e fui tratada dessa forma”, criticou.
A história foi questionada pela Executiva estadual do PDT. De acordo com o secretário estadual do partido, Lúcio Maluf, a vereadora Érica “não conversou”, com eles sobre a “suposta” expulsão. “O correto seria ela se dirigir ao partido para investigarmos juntos, saber se não houve fraude, se alguém teria usado a senha e feito o documento sem a autorização do partido. Ela não conversou conosco”, falou.
Érica se defendeu das acusações de Maluf. “Quando soube que estava filiada fui conversar com o meu partido sim, foi a primeira coisa que eu fiz. Falei com o advogado, Dr. Pomini, e ele disse que não era nada, que com uma petição resolvia isso. Não dei muita importância, mas quando cheguei em Taboão estava um escândalo, todo mundo já estava sabendo que eu havia sido expulsa”.
Maluf disse que em dezembro a vereadora foi homologada presidente do partido em Taboão e que não há nenhum processo contra ela. “Em 19 de dezembro de 2013, às 19h23, ela [Érica] foi homologada presidente do partido, como poderia ser expulsa em janeiro? E dia 21 de maio, ela foi confirmada por mais seis meses na presidência”, lembrou.
A vereadora afirma que foi colocada pela Executiva Estadual como presidente do partido em Taboão da Serra, mas que ela já estava expulsa. “Não entendo porque fizeram isso. Eu fui colocada como presidente do partido, mas não tinha a senha para poder filiar ou desfilar ninguém. Se o PDT quiser investigar, pode investigar, coloca a polícia para descobrir quem fez isso. Eu tenho provas, documentos, tenho tudo mostrando como ocorreu esse episódio triste”.
Maluf disse a reportagem que a senha deveria estar com Érica desde que ela foi nomeada presidente “É o TRE que fornece a senha, tem que ir lá e pedir. Se ela não foi atrás da senha, é uma falha dela não do partido. Será que ela passaria seis meses na presidência sem a senha? Ela nunca falou sobre isso em nenhuma reunião, porque só agora? Ela está arrumando uma desculpa para o ato”, disse.
Érica rebateu mais uma vez e mostrou documentos que comprovariam que ela pediu a senha, mas que não recebeu do TRE. “Tenho aqui todos os documentos mostrando que eu fui atrás, mas não me forneceram a senha. Infelizmente tenho que desmentir tudo o que o Sr. Maluf falou para a reportagem do O Taboanense e estou aqui, mostrando esses documentos”.
A mudança de partido é considerada infidelidade partidária e pode até acarretar na perda de mandato. Maluf não confirmou se o PDT irá pedir a “cadeira” de Érica na Câmara de Taboão. “A cadeira é do partido. Vamos ver como se desenrola os fatos, por enquanto ela é presidente do partido em Taboão e nossa candidata a federal”, declarou.