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Vendas do varejo na região caem 21,3% em maio, aponta Associação Comercial

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Redação

29/07/2016 00:00
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O volume de vendas do comércio varejista da região caiu 21,3% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O faturamento nominal (sem descontar a inflação) recuou 12,3%.  Os dados são do ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e referem-se ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção.

Os dados divulgados nesta quinta-feira, dia 28, compreendem os seguintes municípios: Taboão da Serra, Embu das artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Barueri, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

Crise política e economica que o país enfrenta atinge todas as cidades da região | Arquivo

Segundo a Associação Comercial de São Paulo, no período acumulado (janeiro-maio), o varejo da região teve retrações de 13,5% nas vendas e de 5,6% no faturamento, frente a igual período de 2015. Já em 12 meses, as quedas foram de 11,6% nas vendas e de 3,5% no faturamento. Foi o pior desempenho em relação às demais regiões paulistas.

“Os resultados dos primeiros cinco meses do ano continuam a mostrar fortes quedas, refletindo a renda em queda, o avanço do desemprego e o crédito mais caro e escasso. Tudo isso deixa a confiança do consumidor em patamares muito reduzidos, minando a disposição a comprar”, destaca Alencar Burti, presidente da ACSP.

Segundo ele, a expectativa é que as vendas cresçam ainda neste ano. “Nossa expectativa é que as retrações no varejo podem começar a arrefecer, na medida em que melhore a confiança do consumidor”, diz Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).  

Burti lembra que a crise no varejo paulista – assim como no resto do País – atinge todas as regiões paulistas e todos os setores, mesmo os de consumo mais essencial. Os resultados de maio também foram influenciados pelo efeito-calendário do feriado de Corpus Christi e pelo fato de o mês ter começado num domingo, reduzindo o número de dias úteis.

O ACVarejo é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. O material também disponibiliza dados sobre vendas e faturamento do varejo restrito (que não inclui automóveis e material de construção).  

Estado e capital

Dos nove setores analisados pela pesquisa no Estado, aqueles que são mais dependentes de créditos apresentaram os maiores recuos no volume de vendas em maio frente ao mesmo mês de 2015. São eles: móveis/decorações (-26,2%), concessionárias de veículos (-22,5%), lojas de departamento/ eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-18,7%) e lojas de materiais de construção (-16,6%).

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2016, apenas um setor ficou com saldo positivo ante 2015: o de farmácias/perfumarias, com pequeno crescimento de 1%. Já em 12 meses, farmácias/perfumarias e supermercados apresentaram aumentos de 3,1% e de 0,4%, respectivamente.

Regiões

Em maio, nenhuma região paulista registrou crescimento do volume de vendas no varejo ampliado na comparação anual. A menor queda foi no Vale do Paraíba (-6,3%). No acumulado do ano, a região de Marília teve ligeiro aumento, de 0,3%. E em 12 meses a Região do Alto Tietê registrou leve alta de 0,6%.   

 

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