Taboão terá 47ª encenação da Paixão de Cristo

ACERVO HISTÓRICO – O maior evento cultural e religioso da região, a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, terá início no estacionamento do Parque das Hortênsias com o julgamento de Jesus e terminará com a crucificação e ressurreição no Morro do Cristo. Em sua 47ª edição, o evento, um dos mais antigos do Estado, envolve cerca de 70 atores e 120 figurantes e acontece na Sexta-feira Santa, 18 de abril, à partir das 18h.
Cinco palcos, interligados por passarelas serão montados no estacionamento do Parque das Hortênsia perfazendo 45 metros de palcos. Com alturas diferentes, os palcos representarão a casa de Maria, o Palácio de Pilatos, o templo de Caifás, o palácio de Heródes e o Jardim das Oliveiras. Depois do julgamento de Jesus, o público acompanhará os atores pela AV. Armando de Andrade, até o Morro do Cristo onde acontecerá a crucificação.
“Um dos pontos altos da encenação é a interação do público com o espetáculo”, revela José D’Lucena, que há 9 anos dirige a encenação. Segundo Lucena, na cena da Santa Ceia, duas pessoas do público serão convidadas a compor os 12 apóstolos. “O público também ajudará a carregar a cruz”, complementa.
Vem se tornando tradição a presença de famosos no elenco da encenação da Paixão. No ano passado, o ator global Norton Nascimento fez o papel do Cristo. Este ano, três atores do seriado “A Turma do Gueto” da TV Record estarão presentes. O ator Big Richard, 29 anos, que interpreta o “Professor Jeferson” será o sacerdote José de Arimatéia, Marcos Xavier que interpreta o “Elieser”, o dono de um bar no seriado, fará outro sacerdote, além da presença do cantor Frank Bruno, ex Black Júnior.
Mais que um espetáculo religioso, a Paixão Morte e Ressurreição de Cristo é um espetáculo folclórico que leva as ruas mais de quinze mil pessoas.
Amor e arte
Quem vê o ator José D’Lucena na direção do espetáculo da Paixão de Cristo, se emociona com sua determinação. “Me preocupo com todos os detalhes, desde a interpretação dos atores, o figurino, a formação histórica dos atores à alimentação do grupo”, revela José que há 9 anos dirige o espetáculo.
Aos 33 anos, católico praticante, Lucena abraçou a arte teatral por causa da religião. Participava do grupo de Jovens da Igreja São Pedro, no Pirajuçara, onde realizava várias peças religiosas para a comunidade local. Com a saída do diretor Manoel da Nova, da direção da Paixão de Cristo, José foi convidado pela Secretaria de Educação e Cultura para dirigi-la. “Minha história de vida está muito ligada a Paixão de Cristo. O mundo está muito violento e a interpretação da Paixão sensibiliza o público”, acredita.
Formado pelo Teatro Escola Macunaíma em 1994, é diretor e presidente da União Teatral Taboão (UTT), dirigiu as peças “Namoro”, “Chica da Silva”, “Jesus Homem” , atuou nas peças “Este Ovo é um Galo” e a “Morte do Imortal”, de Lauro César Muniz e atualmente participa da peça “O Anel de Magalão”, de Luis Alberto de Abreu, ainda em cartaz. Participou de comerciais de TV e fez parte do elenco do filme Carandiru, com direção de Hector Babenco.
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