Produtor cultural Taboanense promove desenvolvimento de economias periféricas

Do site Periferia em Movimento
Os últimos 10 anos foram de muita evolução para as periferias. E, apesar da mudança de rumos na política e a tomada de um outro viés ideológico, mais bruto e menos afetivo, os próximos 10 serão de aprendizado e reconstrução das bases com mais consolidação.
É assim que Alex Barcellos enxerga passado e futuro.
Com 39 anos, morador de Taboão da Serra, ele é articulador e produtor cultural da Agência Solano Trindade (em Embu das Artes), que promove o desenvolvimento das economias periféricas, solidária e da cultura com coletivos e movimentos das periferias paulistanas. “Esse trabalho conjunto da economia, algo tão importante e vital no desenvolvimento dos territórios periféricos e que estão à margem do grande centro”, conta.
E é por isso que Alex Barcellos faz parte de #NossoBonde, série que a Periferia em Movimento publica todas as segundas-feiras de 2019. Neste ano em que completamos uma década de jornalismo de quebrada, convidamos moradoras e moradores das quebradas que nos ajudaram a refletir sobre a realidade na perspectiva periférica ao longo desse período – e, também, pra saber como imaginam os próximos 10 anos.
“Economia solidária é mais do que geração de renda e emprego, e sim de transformação social” – Alex Barcellos
Nesses 10 anos que se passaram, Alex viu o crescimento de pequenos negócios, do desenvolvimento territorial, com mais acesso a moradia e transporte, mesmo que precário. Tudo isso, obviamente, fruto da luta de movimentos sociais, com mulheres à frente.
Essas ações conjuntas, desde a poesia no sarau à oficina na escola, permitiram ampliar a troca de saberes e denunciar violências, como o feminicídio, o genocídio contra a juventude negra e periférica, o genocídio indígena e a LGBTfobia, por exemplo.
“De tantos coletivos que se somaram e se juntaram na parte cultural, com ações conjuntas de desenvolvimento de rede, da oportunidade de informação na comunicação periférica”, destaca.
Não por acaso, Alex vê o avanço da pauta conservadora como reação às conquistas das periferias: “Nessa disputa ideológica na maioria das vezes agressiva, perdemos um pouco de afetividade, humildade”, diz ele, para quem isso vai reverberar no futuro.
Por outro lado, é otimista: os próximos 10 anos serão também de crescimento e aprendizado. Assim esperamos Alex.
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