Taboanenses tentam encarar o caos do blecaute

O apagão que atingiu 10 estados brasileiros e deixou Taboão da Serra no escuro foi encarado com bom humor por parte dos moradores. Muitos deles procuraram bares e padarias onde ficaram esperando que a energia elétrica fosse reestabelecida. “Não tem como voltar pra casa, o jeito é tomar uma cervejinha”, brincou Ralf Loretto.

Muitos clientes ficaram acompanhando as notícias sobre o blecaute na padaria La Ville que possui gerador e atendeu normalmente a clientela até à meia noite e meia. Quando o bar não possuia gerador, os frequentadores improvisavam. Na rua Levi de Souza e Silva, um bar funcionou à luz dos faróis de um carro que estacionou quase no meio da rua para poder iluminar o local.

No Pq. Pinheiros, alguns bares receberam os clientes com à luz de velas. Apesar do clima romântico, os donos dos botecos preferiram fechar mais cedo para evitar assaltos ou clientes “espertinhos”, que tentavam sair sem pagar. “Não dá pra trabalhar assim, é hora de abaixar as portas”, disse um comerciante.

Apesar do clima de brincadeira entre os jovens que estavam nos bares, boa parte da população de Taboão da Serra se mostrou preocupada com a situação. Através de e-mail, duas moradoras escreveram para o Portal O Taboanense, ambas queriam saber sobre a falta de luz e sobre a segurança da cidade.

“Aqui no Jd. América não estamos vendo nenhuma viatura circulando, os moradores estão na rua com medo de possíveis assaltos”, disse a internauta que se identificou como Marlene. Já Nadia escreveu para pedi o telefone da delegacia e para informar que o Jd. Helena estava sem luz também. “Pelo noticiário o problema é em todo país, uma vergonha. Quero informar que nosso bairro está no breu também”.

Muitos motoristas que circulavam pela região central tiveram dificuldade para trafegar, principalmente para cruzar a Régis Bittencourt de um lado para o outro. A Secretaria de Trânsito e Transporte fechou os cruzamento para evitar acidentes. Os motoristas só podiam atravessar a pista próximo a rua Getúlio Vargas, onde uma equipe de marronzinhos trabalhou até a volta da energia elétrica.