Segundo dia de julgamento termina com apenas três oitivas
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Colaborou Rodrigo Martins
Nesse segundo dia de julgamento, dos acusados de envolvimento na fraude do IPTU em Taboão da Serra, três testemunhas de acusação prestaram depoimento. A oitiva do Investigador-chefe da Seccional, Ivan Jerônimo da Silva, durou a manhã todo e se estendeu até o período da tarde, quando a juíza Flávia Castellar Olivério suspendeu a oitiva por falta de alguns documentos no processo.
O advogado de defesa da Cláudia e do Carlos Andrade observou que alguns documentos, que foram apreendidos durante as investigações, não foram juntados aos autos, o advogado solicitou a apresentação dos mesmos, por esse motivo a juíza decidiu suspender a oitiva do investigador Ivan e alterou a ordem de depoimentos das testemunhas de acusação.
Foto: Rodrigo Martins
Movimentação foi grande na manhã desta quinta-feira no Fórum
Foram remarcados os depoimentos do investigador Ivan, do chefe do SIG, Ronaldo Nogueira, secretário de segurança Salvador Grisaffi, dos funcionários da Conam e da testemunha preservada. A data ainda não foi divulgada.
A funcionária livre nomeada, Juliane Riquena, informou em seu depoimento que as senhas fornecidas pela empresa Conam, dão acesso limitado ao sistema. E que o então secretário de finanças, Maruzan Corado, determinou que as senhas só fossem liberadas mediante termo de responsabilidade.
Juliane disse que em 2010, Márcio Carra notou “que havia algo estranho no setor [cadastro]” e que reportaram o problema ao Maruzan e a secretária de Habitação, na época, Ângela Amaral. Informaram a Conam, e descobriram que a senha de um estagiário, que não trabalhava mais na prefeitura, havia sido utilizada. “Maruzan pediu que todas as senhas fossem bloqueadas, que o sistema era frágil”, por isso a necessidade de um novo cadastro. Informou que o vereador Arnaldo usava seu prestígio de vereador para acelerar os processos de revisão do IPTU.
A última depoente, Camila Barbosa Ferreira, livre nomeada, trabalhou durante oito meses no setor de Dívida Ativa. Ela informou que também detectou um problema no relatório da Conam, uma diferença de valores. De acordo com Camila, o relatório do banco aparecia uma entrada em torno de R$ 14 mil, enquanto o relatório Conam, acusava um valor de mais de R$ 500 mil.
Reportou esse problema os seus superiores e à Conam, que diferente das outras vezes, não atendeu prontamente, disse apenas, aguarde que estamos analisando. “Mais alguns dias e se deu a intercorrência, a prisão do Márcio”, disse.
Ainda de acordo com Camila, até final de julho, último mês de ela esteve trabalhando no setor da Dívida Ativa, a Conam não havia esclarecido o ocorrido.