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Secretaria da Saúde nega que haja surto de meningite em Taboão da Serra

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Redação

24/04/2012 00:00
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Em Taboão da Serra, pais estão preocupados com a possibilidade de um surto de meningite no município. O susto veio após a notícia que uma criança, em uma creche da região central da cidade, contraiu a doença.

Os pais estão em estado de alerta e preocupados com a saúde de seus filhos e querem saber se há um surto ou foi apenas um caso isolado. O medo é tanto que muitas mães estão relutando para enviar os filhos à escola desde que souberam da notícia que uma criança foi diagnosticada com meningite.

Foto: Divulgação

Mães estão preocupadas com aluno que ficou doente em creche

“Fiquei sabendo que houve um caso de meningite e estou super preocupada, pois tenho quatro filhos e agora estou com medo de mandar-los para as creches e escola”, disse assustada Mariana Falcon.

“Também fiquei sabendo do caso, mas ninguém confirma nada. Estou apavorada e agendei a vacinação dos meus dois filhos em um laboratório particular. Vou ter que pagar, não quero correr nenhum risco”, falou Priscila Fausto.

Os pais também querem saber se, em caso de epidemia, o município disponibilizara vacinação para todas as crianças. “A secretaria da Saúde irá disponibilizar vacinas em caso de epidemia? Estamos com medo de mandar nossas crianças para a escola”, ressalta Mariana.

Em nota, secretaria de Saúde respondeu que não houve registro recente de casos de meningite. Informou que houve casos, mas dentro da “normalidade”, e que para combater a doença, o calendário de vacinas inclui doses preventivas para crianças de três meses a dois anos de idade.

“Taboão da Serra oferece a vacina de acordo com o calendário vacinal, apenas as crianças de três meses a dois anos recebem a dose. Quanto ao caso da creche, ainda não foi informado a Vigilância Epidemiológica e nem a Rede de Saúde”, informou a secretaria de Saúde através da assessoria de imprensa.

A nota ainda explica quando uma doença passa a ser considerada surto. “Podemos dizer que surto é quando, ao mesmo tempo e na mesma região acontecem mais de dois casos. [Em Taboão] houve apenas casos dentro da normalidade e ocorreram durante o ano todo. Para combater a doença o município oferece a vacinação na faixa etária indicada [três meses a dois anos] com imunização preventiva e controle das pessoas que tiveram contatos íntimos com o infectado através do uso de antibiótico”, finaliza.

Sobre a doença

A meningite pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados.
Meningite meningocócica é considerada o tipo mais grave da doença, é altamente contagiosa e geralmente grave. A doença evolui rapidamente, ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O indivíduo doente pode transmitir para outra pessoa e essa é a grande preocupação.

A transmissão se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até seis anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também fazem parte do grupo de maior suscetibilidade.

As sequelas podem ser variadas, desde dificuldades no aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez.  A doença meningocócica tem início repentino e evolução rápida, pode levar ao óbito em menos de 24 a 48 horas.

É preciso ficar atento a alguns sintomas, febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que são inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue).

O tratamento  em caso de meningite viral, é o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, o uso de antibióticos específicos para a espécie, administrados via endovenosa, será imprescindível. E, aqueles que tiveram contato com o paciente, também deve receber a medicação. O acompanhamento médico é fundamental.

 

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