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Câmara de Embu-Guaçu abre processo de investigação contra a prefeita Maria Lúcia

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Redação

05/06/2019 04:28
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O clima continua quente em Embu-Guaçu. A quarta maior cidade da região vive um momento político tenso e os vereadores da Câmara Municipal aprovaram, por 12 votos a zero, o pedido de abertura do processo de investigação da prefeita Maria Lúcia.

Na sessão desta terça-feira, dia 4, a comissão processante foi formada e os trabalhos começam já nesta quarta-feira. O vereador Carlos Shyton, em entrevista ao Portal O Taboanense, disse que a prefeita será formalmente “investigada” pela Câmara Municipal. “Em fevereiro teve uma denúncia, e apenas eu e o vereador Lisandro votamos pela abertura, mas perdemos. Agora os vereadores acataram o pedido e ela será investigada”, disse.

Já o vereador Santana disse que alertou a prefeita que existiam erros em sua administração. “Hoje lemos uma denúncia aqui e grande parte do ocorrido foi praticado por pessoas de fora [livre nomeados]. Eu falei por várias vezes, ‘prefeita, está errado, muda’[…] As irregularidades estão aí, foram lidas, é bom que a casa está cheia”.

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Vereador Carlos Shyton, que já havia feito o pedido de abertura de investigação contra a prefeita em fevereiro deste ano

A comissão investigatória foi decidida através de sorteio e terá a seguinte composição: Carlinhos (PRB), Renato Papi Adore (PSDB) e Ester Schunck (MDB). O presidente da comissão investigatória e relator, será o vereador Renato.

Entenda o caso

O representante do Sindicato dos Funcionários Públicos de Embu-Guaçu, André Dorizotti, apresentou durante uma sessão diversas denúncias contra a prefeita Maria Lúcia.

“A primeira denúncia trata-se da criação de uma secretaria para que o marido da prefeita [Wlater do Posto], hoje preso, pudesse exercer a função de prefeito, entre aspas, a frente da prefeitura. Essa infração foi amplamente denunciada pelo sindicato, que resultou na condenação de Walter e sua organização criminosa”, disse Dorizotti na tribuna da Câmara.

Na leitura da denúncia na sessão desta terça-feira, foi relembrado que Walter do Posto, marido da prefeita, já havia sido condenado por improbidade administrativa tendo suas contas, de 2006 e 2008, julgadas irregulares pelo TCE.

Ainda no processo lido durante a sessão, afirma que a prefeita Maria Lúcia errou ao “nomear de forma ilegal e imoral Walter do Posto para ocupar o cargo de secretário de infraestrutura e serviços urbanos e posteriormente criou uma secretaria para nomear Walter do Posto como secretário municipal de administração”.

“Mesmo proibido de ocupar cargo público, passou a praticar atos de gestão como prefeito de fato enquanto a representada exercia mero papel coadjuvante em flagrante afronta e desdém aquela ordem judicial. Atualmente, Walter do Posto está preso em Tremembé, ele foi condenado a 23 anos de prisão”, explicou a denúncia.

Além dessa denúncia, o sindicato denunciou licitações suspeitas em que a prefeita Maria Lúcia teria criado falso pretexto de emergência para dispensar licitação e contratar serviços de pessoas ligadas a prefeitura.

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