Ralf, volante do Corinthians, conta como foi o inicio no Taboão da Serra
Pedro Fernandes, Especial para o site da FPF
Nos últimos anos a equipe do Taboão da Serra, que disputa atualmente a quarta fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista pelo Grupo 16, tem revelado grandes jogadores. Entre eles, destaque para o volante Ralf de 26 anos, hoje um dos principais atletas do elenco do Corinthians e que esteve na equipe do Taboão em 2004. Seis anos mais tarde, clube e jogador mantêm relação de carinho, principalmente por ser o marco inicial do atleta.
Isso também porque, Ralf de Souza Teles não esquece as suas origens. "Lá no Taboão foi o meu primeiro contato como profissional de futebol, foi com eles que aprendi muita coisa que uso em campo hoje. Tenho um carinho imenso pelos habitantes da cidade e dos torcedores", afirmou o volante, que também passou pelo Barueri, Gama (DF), Imperatriz (MA), XV de Jaú e o Noroeste.
Atualmente, o Taboão da Serra vive momentos decisivos pelo acesso para a Série A3, assim como viveu na época que o volante se destacou, se sagrando campeão da Série B2, à época, a quinta divisão estadual. "Fico muito feliz em saber que o Taboão está subindo… Peguei essa mesma fase em 2004 quando marquei dez gols pelo time, e conseguimos o acesso à série A3. Torço bastante para que isso ocorra novamente, e que venham mais jogadores a despontarem no futebol nacional”, afirmou.
O jogador guarda boas lembranças do clube que o revelou, principalmente por conseguir fazer muitos gols. "Com certeza minha maior lembrança pelo clube foi a de ser um jogador do meio campo (volante) e ser um dos artilheiros do time (onde fez 10 gols). Lá o clube me deu muitas oportunidades onde consegui aproveitar e me revelar para o futebol", relembrou a atleta.
Primeiros passos e exemplo para os mais novos
Com todos estes fatos o atual presidente do clube, Carlos Eduardo Nóbrega, ainda lembra como foram os primeiros passos do volante. “O Ralf é um jogador muito especial para nós, eu mesmo iniciei no clube, na época como supervisor de futebol. Lembro até hoje de darmos dinheiro para o ônibus para ele, na sua época tivemos dois destaques ele e o atacante Kanu, mas devido a sua posição o Ralf demorou um pouquinho mais para aparecer”, afirmou o presidente.
Nóbrega revelou como foi o primeiro contato do atleta com os grandes de São Paulo. “Como seu primeiro procurador tive o imenso prazer de levar os dois garotos para assinarem um contrato no São Paulo, nossa eles ficaram totalmente emocionados na volta, foi fantástico. Infelizmente falaram que o Ralf não tinha o perfil para ser um grande jogador”, contou.
O dirigente diz que o volante é uma inspiração para os garotos que estão se iniciando no futebol. “Sempre que temos grandes destaques o utilizamos como exemplo, não só pelo seu potencial, mas sim pela sua humildade e perseverança”, afirmou o presidente que também não deixou de falar de outros jogadores que surgiram em 2004. “É muito bom ver bons frutos que saíram daqui do Taboão, jogando bons campeonatos. Temos hoje o Ralf (volante) no Corinthians, Kanu (atacante) que está no Penafiel-POR, Araújo (atacante) e Cidão (goleiro) no Grêmio Prudente”, contou.
Novos talentos
Já sobre o seu elenco atual Eduardo Nóbrega já vê bons frutos nesta nova safra do Taboão da Serra. “Hoje temos alguns destaques como o Wiliam (lateral), Alemão (meio campo), Brumatti (zagueiro), Leandrinho (atacante) e o Matheus (goleiro), com certeza eles tem um grande potencial no futebol”.
Como palco de revelações, o dirigente conta como são acompanhados os primeiros passos dos jogadores: “Aqui no Taboão é assim: quando o jogador se destaca logo vemos de levá-lo para algum time grande. Queremos vê-lo evoluir, não tem esse negócio de vender para nos beneficiar, sabemos que lá eles terão grandes oportunidades. Lógico que existe alguns lucros, como a porcentagem de venda do atleta, mas não é o nosso foco”, garante o dirigente.
Estando próximo do acesso este ano, o Taboão da Serra já mira tirar o foco das competições de base e almeja conquistar grandes passos como equipe profissional e não só juniores. “Realmente, se conseguirmos o acesso para a Série A3, iremos mudar o foco para nos mantermos nesta divisão e potencializar o nosso futebol”, finalizou Nóbrega.