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Protestos marcam a sessão polêmica da Câmara de Taboão

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Redação

07/09/2011 00:00
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A sessão da Câmara de Taboão da Serra, dessa terça-feira, dia 6, foi marcada por tumultos, vaias, apitaços e enterro simbólico do prefeito Elivásio Farias.  Cerca de 500 manifestantes do Movimento Contra a Corrupção acompanharam a sessão na intenção de “pressionar” os parlamentares a votarem a favor do documento que pede a cassação do prefeito. A Comissão de Justiça e Redação já deu parecer contrário ao documento, no que depender dos vereadores Wagner Eckstein e Alexandre Depieri, o prefeito fica no cargo até o final do mandato.

De acordo com o relator da comissão, vereador Eckstein, o documento é “ilegal”, não há indícios suficientes para pedir a saída do prefeito. Ainda de acordo com o vereador, o documento usa “apenas” matérias vinculadas na imprensa, para ele isso é pouco. “Os documentos são inconsistentes. O documento é ilegal”, disse.

Foto: Rodrigo Martins

Câmara viveu mais uma sessão quente durante crise na política da cidade

O vereador Paulo Félix anunciou que irá pedir a impugnação do parecer da comissão, ele apresentou um documento onde o presidente da CJR, Depieri, declara que recebeu R$ 12 mil da empresa Etama durante a campanha para deputado etadula em 2010. A empreiteira esta sendo investigada e é suspeita de ter financiado o habeas corpus dos vereadores que estavam presos. “Essa contribuição pode influenciar o seu voto”, falou.

Depieri se defendeu dizendo, que declarou a doação e que não há nada de ilegal nisso. “Estou sendo penalizado por declarar que recebi, isso não é ilegal”, garantiu.

Ao som de muitos gritos de guerra, o presidente da Câmara, José Macário, tentava seguir com a sessão, por várias vezes interrompeu o pronunciamento dos vereadores para chamar a atenção dos manifestantes. “Se vocês querem legalidade, tem que agir dentro da legalidade”, falou.

Os manifestantes responderam com gritos de guerra. “Queremos cassação para os ladrões de Taboão” e “O povo na rua, Evilásio a culpa sua”.

Do lado de fora os manifestantes discursavam, alertando o povo quanto a possibilidade do documento de cassação não ser aprovado. A votação será na próxima terça-feira, dia 13.

“Nós não vamos aceitar, se eles [vereadores] tiverem a covardia de não aprovarem o pedido de cassação do prefeito. O Movimento Contra Corrupção não vai parar, vamos pra rua até que se moralize essa cidade”, disseram.

Em frente à Câmara, o caixão com um boneco, que simbolicamente representava o prefeito, foi cercado com velas. Algumas pessoas chutavam e gritavam: “Ele [prefeito] roubou nosso dinheiro!” e “Corrupto!”.
Félix garantiu que a Câmara fará seu papel e anunciou que seu voto é contrário ao da comissão. “Já afirmo aqui, o meu voto é contrário ao da comissão de Justiça. Cada vereador vai votar, não segundo a pressão, mas segundo a sua consciência. Nós todos vamos ser julgados pelos nossos votos”, discursou.

Votação

As indicações e requerimentos, inclusive os em precedentes foram aprovados por unanimidade dos votos presentes, com exceção do requerimento número 249, de autoria do vereador dr. Ronaldo Onishi, que foi retirado da pauta.

 

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