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Professores de Itapecerica são contra a municipalização do ensino

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Redação

16/10/2009 00:00
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Por Bruno Anderson, da Gazeta SP

Em pleno dia dos professores, centenas de profissionais dedicaram a manhã de ontem, para manifestar, junto ao prefeito Jorge Costa (PMDB), de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, posição contrária à possível municipalização do ensino estadual. Segundo apurou a Gazeta, o governo do Estado teria oferecido e a prefeitura já aceitado, administrar quatro colégios que são de responsabilidade do governador José Serra. Porém, a diretora regional de ensino da cidade, Madalena Cravo Roxo, descartou a possibilidade. “É meta do governo a municipalização, mas aqui ainda não tem isso programado”.

 
O movimento, que é ligado ao Sindicato dos Professores (Apoesp), sustenta que nos bastidores a prefeitura justifica a municipalização de olho em um maior repasse do Fundo da Educação Básica (Fundeb) para o município, que recebe de acordo com o número de matrículas gerenciadas. Segundo o representante da entidade na região sudoeste, José Afonso, “a municipalização, caso se confirme, será um atraso, pois compromete o plano de carreira dos professores. Sem contar que a estrutura e a metodologia de trabalho são completamente diferentes”.

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

Professores protestam em frente da prefeitura de Itapecerica da Serra

 
Para a categoria, a municipalização pode representar a queda na qualidade do ensino, pois na rede municipal há “conflito de posicionamentos”. “A prefeitura tem um método de profissionalização e ensino diferente do Estado. Quando isso se une, pode trazer atraso”, defendeu Afonso. Com a municipalização do ensino a prefeitura pode assumir a responsabilidade na administração de cerca de 30 escolas estaduais no município. A secretaria de Educação informou que não existe projeto de municipalização.
 
Alguns professores, que pediram para não se identificar, fizeram denúncias de perseguição por parte da prefeitura ao movimento. “Como somos funcionários efetivos do Estado e do município, o Jorge Costa (prefeito) está ameaçando cortar aulas e fazer remanejamentos se mantivermos posição contrária”, disse um professor. O assessor geral da prefeitura, Eleno Antonho, desmentiu a informação. Disse que “não faz parte do governo nem do prefeito retaliação”. Tanto a prefeitura quanto a direção de ensino afirmaram que o Estado ainda não se manifestou sobre o assunto.

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