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Prestadores de serviço protestam contra falta de pagamento da prefeitura

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Redação

27/09/2012 00:00
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Na tarde desta quinta-feira, dia 27, perueiros que prestam serviços para a Prefeitura de Taboão da Serra fizeram uma paralisação na Rodovia Régis Bittencourt. Segundo os manifestantes, o pagamento do serviço está atrasado há cinco meses. A prefeitura contrata uma empresa que contrata outras vans e os motoristas como prestadores de serviço.

Veja galeria de imagens do protesto realizado nesta quinta-feira

Marcelo Albuquerque é o responsável pela FVB Locadora, companhia que presta o serviço de transporte escolar, saúde e transporte de merenda escolar para o município há aproximadamente um ano e meio. Ele disse que a Prefeitura tem que pagar o que deve para que ele possa honrar o compromisso com os outros motoristas das vans. A empresa possui aproximadamente 45 carros trabalhando desta forma.

Foto: Eduardo Toledo

Trânsito ficou complicado na região central após protesto na Régis Bittencourt

O protesto dos prestadores de serviço aconteceu após algumas negociações que naufragaram no meio do caminho. “A gente está trabalhando de graça há um tempão, assim não dá, temos família para sustentar, isso é uma palhaçada”, disse um dos perueiros que pediu anonimato para nossa reportagem.

Segundo Marcelo Albuquerque, o problema seria resolvido com o pagamento da dívida. “O que eu espero no momento é poder garantir o salário dos funcionários, mas para isso eu tenho que receber da Prefeitura. Eles alegam problemas no orçamento”, disse.

Anita Maria de Oliveira, uma das prestadoras de serviço disse estar decepcionada com a Prefeitura: “Estou decepcionada com a Prefeitura. Um bom prefeito não faz isso, ainda mais na reta final de seu mandato. Aqui tem pessoas com contas a pagar, pais de família, que não recebem seus salários há cinco meses”. Ismael da Silva, que também é funcionário, diz que “só quero que pague o atrasado, o que está pendente até o momento”.

O perueiro João Amaro de Lima presta esse serviço para a Prefeitura há quatro anos e diz que está em uma situação delicada. “Não tem como fazer mais nada numa situação dessas. O dinheiro dos carros  – manutenção, combustível – sai do nosso bolso, agora com esse atraso no pagamento a gente tem que arrumar um jeito de pagar as contas e a manutenção dos carros, temos que estourar o limite do cartão de crédito, pedir dinheiro emprestado para um vizinho ou outro para ver se conseguimos pagar as contas”.

Um perueiro que preferiu não se identificar disse à nossa equipe de reportagem que está trabalhando no lugar do Senhor Antônio, que saiu da companhia após ter batido sua van que transportava pacientes. “Ele estava transportando pacientes quando bateu a van. O acidente aconteceu por falta de manutenção, mas ele não tinha como arrumar o carro na época, pois seu salário também estava atrasado. Faz aproximados 40 dias que ele saiu, o carro foi substituído e o Seu Antônio ainda não recebeu o que estava atrasado”.

Cerca de 15 vans se dirigiram à Rodovia Régis Bittencourt com destino ao Pq. Pinheiros. Ao passar em frente à Prefeitura começaram a buzinar por cerca de cinco minutos. Já na rodovia Régis Bittencourt, os perueiros começaram uma “operação tartaruga”, bloqueando as três pistas da estrada no sentido Embu das Artes.

Na frente da Cooperativa Vida Nova, os manifestantes radicalizaram. Pararam completamente os veículos e causaram um enorme congestionamento. Alguns motoristas desceram dos carros para tentar entender o motivo do protesto em pleno horário de pico. Os perueiros travaram a rodovia por mais de 20 minutos, até a chegada da Polícia Militar. Mesmo com a liberação do tráfego, o trânsito ficou complicado em toda a região central.

 

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