Prefeituras fazem monitoramento contra deslizamentos
Por Nely Rossany, da Gazeta SP
As notícias do mês de janeiro sempre estão relacionadas a desastres causados pelas chuvas. Ano após ano, as manchetes se repetem com número de mortes e pessoas desabrigadas e quase sempre nos mesmos locais. Em 2011, o Rio de Janeiro e este ano, Minas Gerais. Não muito tempo atrás, entre 2006 e 2009, quem dominava as manchetes das enchentes e tragédias eram as cidades de Taboão da Serra e região. De lá pra cá, os municípios receberam verbas para conter encostas e canalizar córregos, e tem diminuído cada vez mais as ocorrências relacionadas às chuvas.
Taboão da Serra recebeu R$ 3,4 milhões do Governo Federal para prevenção contra enchentes, de acordo com a Ong Contas Abertas. Parte desse dinheiro foi utilizada na canalização do córrego Joaquim Cachoeira. A área sofria com constantes enchentes e desmoronamentos, e causava riscos aos moradores do Jardim Mafalda e região. De acordo com o prefeito Evilásio Farias, todos os rios da cidade receberão obras. Mesmo assim, quando chega o período de chuvas os moradores de morros são os que mais sofrem.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
Área de risco no Pq. Albina, em Taboão da Serra
Em 2009, a Prefeitura de Taboão elaborou o Plano Municipal de Redução de Riscos com uma série de medidas e ações de prevenção e correção, para eliminar ou reduzir riscos de deslizamentos e rachaduras em áreas precárias. Na época, foram identificadas 35 áreas com alto risco de acidentes, como deslizamentos, quedas de barreiras, inundações e alagamentos em bairros como Jd. Nova Esperança, Jd. Mirna, Jd. Três Marias, Jd. São Mateus, Jd. das Oliveiras, Ferreirinha, Jd. Maria Luiza e Suiná.
Como uma das conseqüências do Plano, cerca de 600 famílias foram removidas desses locais e recebem auxílio aluguel enquanto aguardam vagas para programas habitacionais. De acordo com a Prefeitura, 62 edifícios estão em obras e devem abrigar 893 famílias de baixa renda, o prazo para a conclusão dessas obras é até o final de 2012.
Em Itapecerica 325 famílias foram removidas
Em Itapecerica da Serra, como conseqüências das chuvas deste mês, 325 famílias foram removidas de áreas que corriam o risco de transbordamento na região do Jardim Jacira e do Carmo. As famílias vão morar no Conjunto Habitacional Paineiras, construído com recursos do Governo Federal.
Segundo a Defesa Civil de Itapecerica são 30 áreas de risco na cidade. “São realizadas constantes vistorias, além de obras emergenciais como construção de muro de arrimo e recuperação do equilíbrio da energia inercial do talude e ambiental”, diz coordenador da Defesa Civil de Itapecerica, Mauricio Passos da Silva Rocha.
Embu tem 13 áreas de risco
Em Embu das Artes, cidade também formada por morros, há 13 áreas de risco. O número permanece o mesmo desde 2009, quando foi realizada a remoção de famílias no Jardim Pinheirinho, na rua Jatobá. As áreas mais críticas ficam nos bairros Santo Antônio, Santo Eduardo, Santa Luzia, Vila Bonfim, Jardim Tomé, Vista Alegre, Jardim Mimás, Jardim Castilho e Isis Cristina.