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Prefeito de Taboão se posiciona a favor de municipalização da BR
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As 17 cidades que são cortadas pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) tem características diferentes, mas uma coisa em comum: os desafios de mobilidade urbana. De Taboão da Serra até Curitiba, o número de carros que circula pela Rodovia varia bastante, mas é no trecho entre Taboão da Serra e Embu das Artes que o volume de tráfego impressiona. Segundo os dados da concessionária que administra a via, o trecho inicial da Régis até a cidade de São Lourenço da Serra, tem até cinco vezes mais carros do que todo o longo da Rodovia. São 110 mil carros por dia contra 20 mil nos 370 km restantes.
Um dos problemas mais visíveis é na chegada a São Paulo, quando a Rodovia desemboca em Taboão da Serra. O tráfego da Rodovia e da cidade se mistura e os congestionamentos se estendem por quilômetros. Desde a concessão da Rodovia, em 2008, um dos projetos mais aguardados era o da construção de marginais, que separaria o fluxo da Rodovia e o da cidade.
Foto: Thiago Neme
Trecho inicial tem até cinco vezes mais carros do que ao longo da Rodovia
Porém, cinco anos depois, o projeto não saiu do papel. Entre as dificuldades apontadas pela concessionária são as desapropriações que custariam milhões. “Nós teríamos que desapropriar igreja, faculdade, bancos, comércios e fazer um investimento também na infraestrutura. Por exemplo, obras de drenagem, que não são problemas da Rodovia e sim da cidade, obras que seriam da ordem de R$ 80 milhões”, disse o superintendente da Autopista, Eneo Palazzi.
Diante do impasse entre cidade e Rodovia, uma das soluções seria a municipalização da Régis no trecho de Taboão da Serra. “O que resolveria foi uma coisa muito em discutida nos dois primeiros anos da concessão que foi a delegação do trecho para a competência municipal, aí a Prefeitura poderia fazer os trechos em nível e cruzamentos que são impossíveis em uma Rodovia”, afirma Palazzi.
O prefeito Fernando Fernandes (PSDB), há menos de um ano no governo da cidade, também se posiciona a favor da municipalização. “Temos uma rodovia que corta o município e não podemos fazer nenhum tipo de intervenção. Se a municipalização for para a Prefeitura poder fazer as devidas intervenções, sou a favor”, ressalta Fernandes.
Para o Prefeito, além de a Prefeitura administrar o trecho, seriam necessários ainda investimentos e apoio do Governo Federal. “As intervenções que devem ser feitas para a melhoria do trânsito no Centro são muito caras. Logo são necessários recursos do Governo Federal. A Prefeitura está tentando viabilizar esta verba para fazer tais intervenções. Sem este recurso seria praticamente inviável, ou impossível, fazer algo”, finaliza o Prefeito.
Enquanto o impasse continua, caminhões, carros, ônibus e seus milhares de passageiros continuam presos nos engarrafamentos nos horários de pico no trecho de Taboão da Serra, na Rodovia Régis Bittencourt.
Entrevista com superintendente da Autopista, Eneo Palazzi.
GSP – Como resolver o problema do tráfego intenso na entrada de Taboão?
Eneo Palazzi- O problema de Taboão e do Embu, são por conta da característica, um investimento de rodovia não resolve isso, tão pouco uma operação de rodovia é possível nesse caso, portanto o que resolveria foi uma coisa que foi muito discutida nos dois primeiros anos da concessão, que é a delegação do trecho para a competência municipal.
Os vereadores da região estão pedindo a construção de um retorno, na altura do km 276.
No edital estava previsto fazer um trevo ali. O prefeito de Embu, Chico Brito, pediu para mudar o trevo de local, pois ele queria beneficiar o local perto do Rodoanel, que não tem acesso para o Rodoanel que atende uma demanda municipal, e segundo que é inviável fazer o trecho no 276. Nós fizemos um levantamento de desapropriação ali, estamos falando em R$ 150 milhões e uma encrenca sem fim.
A principal reclamação é dos moradores de Taboão que tem que ir até o retorno de Embu no km 279 para fazer o retorno.
Eles farão o retorno no 277 e não mais no 276, vão andar um quilômetro a mais. Então é um problema da cidade que não está misturado com a Rodovia, a cidade precisa arrumar um jeito de fazer realmente as transposições.