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Polícia intensifica ações contra saidinhas de banco

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Redação

15/11/2011 00:00
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Nely Rossany, da Gazeta SP

Os comerciantes da região central de Taboão da Serra, onde se concentram as agências bancárias estão assustados com os constantes crimes, conhecidos como ‘saidinha de banco’. Na última semana, dois crimes foram registrados, na rua Felinto Muller, esquina com a rua do Tesouro. Na maioria dos casos, informantes ficam dentro das agências observando pessoas que sacam altas quantias de dinheiro e passam informações para os comparsas através do telefone celular.

Uma das vítimas é comerciante da região e afirma que crimes acontecem todo começo de mês próximo às datas de pagamento. “Já é constante, eu só não imaginava que iria acontecer comigo também”, disse o comerciante que não quis se identificar e teve R$ 4 mil roubados, no dia 8. De acordo com ele, dois homens o seguiram falando ao celular no caminho do banco até o seu comércio, depois, outros dois homens chegaram em uma moto e armados levaram o dinheiro. 

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

Crimes acontecem na região bancária do Centro de Taboão e proximidades

Em outra ação, os criminosos foram ainda mais audaciosos e abordaram o cliente dentro do estacionamento do Banco Bradesco. A vítima, ao resistir ao assalto teve até o braço quebrado por um dos ladrões. Os comerciantes reclamam da falta de policiamento no local.

Segundo a Polícia Militar, existe sim o policiamento na região que recebe reforço nas datas próximas ao pagamento. “Cada setor tem sua equipe responsável que atua não só na inibição das ações, mas também na prevenção. Em parceria com a Febraban, a PM elaborou e distribuiu panfletos com orientações para gerentes e clientes de bancos para evitar esse tipo de crimes”, explicou o Capitão Brito, da Assessoria de Imprensa da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 

Em entrevista à Gazeta SP, o investigador-chefe da delegacia de Taboão da Serra, Luis Peniche, explica que essas duas ações foram exceções porque a maioria dos crimes não estão mais acontecendo tão próximos dos bancos, pois a estratégia dos ladrões agora é seguir as vítimas de moto até um local com menos movimento. Peniche diz ainda que a Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar já está realizando operação de inteligência no local para identificar os criminosos com uma equipe especial da Delegacia, duas equipes da Delegacia Seccional e uma da Policia Militar.

Prisões

Nesta semana, a Polícia Civil prendeu um casal que praticava roubos não só na região central como também no Parque Pinheiros. Segundo o investigador, mais de dez crimes já foram atribuídos a eles e muitas vítimas os reconheceram. Lea Oliveira de Castro, 41 anos e Franklee Santos Reis, 27 anos, foram presos durante ação na Avenida Paulo Ayres, no Parque Pinheiros. “Para acabar com esses crimes, precisamos que as vítimas colaborem com o trabalho da Polícia, através do reconhecimento. Com medo, muitas não vem à Delegacia e por falta de provas o suspeito acaba sendo solto”, alerta Peniche. O investigador explica que o reconhecimento é feito de forma segura sem o contato visual com o criminosos e que a Delegacia dispõe também de um acervo com mais 8 mil fotos.

Falta de monitoramento facilita ações

Outro ponto abordado pelo investigador Luis Peniche é quanto ao monitoramento por câmeras, que de acordo com ele é falho na região Central. “Com certeza se tivéssemos as imagens das câmeras da Prefeitura, iria ajudar e muito o trabalho da Polícia, tanto para inibir as ações, quanto para identificar os criminosos”.

A Gazeta SP entrou em contato com o secretário de Segurança de Taboão da Serra, Salvador Grisaffi que admitiu que as câmeras da região central não atingem toda a rua do Tesouro.  “São sete câmeras funcionando na região central e uma delas é na rua do Tesouro,mas não captura imagens de todos os bancos”. Grisaffi diz que a Prefeitura deve receber recursos no valor de R$ 1 milhão e 300 mil do Governo Federal, através do Pronasci para implantar mais câmeras e que vai reforçar o patrulhamento na região próximo as datas festivas em dezembro.

Passarela

Outro local que tem sido alvo de queixas constantes da população é a passarela que dá acesso ao Shopping Taboão. Pedestres são abordadas pelos criminosos que roubam dinheiro e celular. As ações Também nessa semana foram presos mais dois criminosos que atuavam na área próxima ao Shopping, João Leni Brito de Oliveira e Haroldo Thomaz Bazilio de Jesus, os dois com 18 anos. 

Lei em vigor obriga bancos a instalarem divisórias

Muitas ações poderiam ser evitadas se as operações bancárias fossem realizadas com mais segurança. Nas agências, é fácil observar quem saca dinheiro ou quem paga a conta. Na cidade, existe até uma Lei, de autoria do vereador Macário, publicada em 8 de abril de 2011, que obriga as agências bancárias a instalarem divisórias entre os caixas para proporcionar segurança para os clientes.

A Lei especifica que divisórias deverão ter altura mínima de 1,80 m e serem de material opaco que impeça a visibilidade. De acordo com o artigo 2º, os bancos teriam 60 dias para se adequar a legislação, mas com exceção da agência da Caixa, nenhuma agência tomou providências. A Lei também prevê multa para os bancos, com valor ainda não estipulado.  Procurada pela Gazeta SP, a Federação Nacional dos Bancos (FEBRABAN) afirmou que “qualquer legislação, municipal, estadual ou federal, deve ser cumprida pelas instituições financeiras, de acordo com o prazo determinado em Lei”.

Enquanto não há biombos, o cliente deve redobrar os cuidados. “É melhor evitar portar alta quantia de dinheiro, mas se for necessário, a pessoa tem que estar atenta para qualquer movimento e qualquer suspeita entrar em contato com a Polícia Militar através do 190”, finaliza o investigador Peniche.

Veja mais notícias na Gazeta SP, nas bancas da região

 
 

 

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