EM ALTA
Home

Polícia Civil prende mais 14 pessoas no escândalo que fraudou os cofres públicos

5 min de leitura
Foto do autor

Redação

06/06/2011 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

 

Com reportagem de Rose Santana

O escândalo do desvio de dinheiro dos cofres públicos de Taboão da Serra tem hoje, segunda-feira, dia 6, um novo e grande desdobramento. Foram presos pela Polícia Civil o vereador Natal, os secretários Maruzan Corado, Valadão e Luis Antônio. A esposa do vereador Carlos Andrade, Cláudia Pereira Andrade, também foi presa.

Leia tudo o que foi publicado sobre o escândalo do desvio de dinheiro público
 Polícia investiga esquema que “sacava” dinheiro dos cofres da prefeitura

A reportagem do Portal O Taboanense conseguiu falar com o vereador Natal. “Estou aguardando, tenho certeza que tudo vai se resolver. Tenho fé em Deus”, disse. Todas as prisões são preventivas, por cinco dias, podendo ser renovada por mais cinco dias.

A Polícia Civil cumpre novos mandados de prisões de pessoas relacionadas a fraude. Já foram confirmadas as prisões do ex-vereador Luis Carlos Albuquerque Orlandino e do ex-secretário municipal Edgard Damiani, atualmente ambos são funcionários da prefeitura. Uma enorme operação policial está em andamento desde às 2h30 em toda a cidade. Ao todo 13 pessoas foram presas e a polícia ainda procura outras duas.

A Polícia prendeu também Marcelo Marcelino Soares, sobrinho do vereador natal, a ex-funcionária Tereza Letícia Rocha, que era dona dos logins ‘letix’ e ‘tera’, usados para baixar o IPTU indevidamente. Foram presos também nesta manhã os servidores João Gilberto Domingues da Paz, Tadeu Antônio (funcionário da fiscalização), Marcos Campinas Pimentel e o empresário Clomar Zottis, dono de uma imobiliária.

Por volta das 16h, a funcionária Alecssandra Valentin da Silva, responsável pelo setor de fiscalização, que estava foragida até o momento, se apresentou na delegacia Seccional acompanhada do seu advogado. Ela passou por exames de corpo de delito no IML e foi transferida para a delegacia de Embu-Guaçu.

O advogado Erick Augusto Vaz, apesar de não ter mandado de prisão contra ele, acabou sendo preso, pois a Polícia Civil achou em sua casa munição de um revólver sem o devido registro, por isso ele acabou sendo preso. A polícia tinha apenas um mandado de busca e apreensão de documentos e computadores em sua casa.

Segundo Erick, a munição encontrada na sua casa é de seu padrasto, que já faleceu ou do filho do padrasto, que é policial. Ele pagou fiança de R$ 1.200 e foi iberado por volta das 14h. O Advogado disse crer que o motivo que levou a justiça a conceder uma liminar de busca e apreensão na sua casa é que ele faz parte da comissão de revisão do IPTU.

Continua foragido o funcionário da prefeitura Joaquim Batista de Oliveira Neto. A polícia também executou, nesta segunda-feira, dia 6, 54 mandados de busca e apreensão em diversos locais.

Trabalharam na operação 220 policiais divididos em 108 viaturas. Além dos presos, foram apreendidos carros, documentos, computadores e até uma quantia não revelada de dinheiro.

Entenda o caso

O esquema que fraudava os cofres públicos começou a ser descoberto no dia 18 de março, com a prisão em flagrante do funcionário público Márcio Carra. Ele, segundo a polícia, baixava indevidamente impostos que estavam na dívida ativa em troca de propina. A investigação da Polícia Civil levou a descoberta de uma quadrilha que operava o esquema.

No dia 3 de maio, a Polícia Civil deflagrou uma enorme operação. Três vereadores, Carlos Andrade, Elói e Arnaldinho foram presos na ocasião. O irmão do vereador Carlos Andrade, Milton Andrade, também foi preso.

Outros sete mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Os ex-funcionários da prefeitura, Celso Vasconcellos, o Celsinho, Turíbio Antônio Castilho, o Binho e Bruno Bolfarini foram presos no dia seguinte.

Outras três pessoas ainda são procuradas pela Polícia acusadas de também integrarem a quadrilha, Rafael da Silva, o Rafinha, Marcelo Pereira Cavalo e Acileide Franca da Cruz são considerados foragidos pela justiça.

A polícia calcula que o rombo nos cofres públicos ultrapasse os R$ 10 milhões. Segundo o investigador-chefe, Ivan Jerônimo, a fraude pode ser muito superior a esse número preliminar. “Não me surpreenderia se o rombo seja de 20, 30, 50 milhões de reais”.

 

Notícias relacionadas