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Polícia Civil investiga desfecho trágico de assalto a ônibus

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Redação

24/09/2009 00:00
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Um caso que estarreceu a própria polícia está sendo investigado em sigilo pelos investigadores de Taboão da Serra. Uma menina de 15 anos assaltou um ônibus com a ajuda de outra colega da mesma idade e de um jovem. Após roubarem o coletivo, a garota desceu armada  em pleno centro da cidade, levou um tiro na perna de um policial e depois se matou.  O que está acontecendo com a nossa juventude? Essa é a pergunta que fica.
O caso relatado no parágrafo acima aconteceu há uma semana, no dia 15, por volta das 23h. Apesar da dramacidade que acompanha tudo o que envolve esse fato, poucas pessoas souberam do ocorrido. A Polícia Civil que investiga o caso não está autorizada a passar informações a imprensa e os detalhes estão sendo levantados ao poucos.

Reprodução

No canto esquerdo da foto a jovem que se matou após o assalto e não teve a identidade divulgada. Os outros dois que estão de pé também estavam juntos na hora do crime. A imagem conseguida com exclusividade pelo Portal O Taboanense faz parte da gravação da câmera interna do ônibus

Informações colhida com exclusividade pelo Portal O Taboanense mostram um crime que foge do padrão habitual. Tudo começou quando duas adolescente e um jovem deram sinal para um ônibus intermunicipal da Viação Pirajuçara, que faz a linha Rodoviária Tiête-Taboão da Serra, parasse próximo a Vila Sônia.
O trio subiu no ônibus e logo anunciou que se tratava de um assalto. Uma câmera de segurança do veículo registrou boa parte da ação. Uma garota, de 15 anos, ficou sentada ao lado do motorista, nas escadas, com um revólver apontado para o condutor. A outra jovem, provavelmente da mesma idade, permaneceu no corredor do coletivo enquanto o rapaz roubava o dinheiro dos passageiros e do caixa do ônibus.
Após roubar o motorista, o rapaz percebeu a câmera e a encobriu com um boné. No centro de Taboão, na frente da faculdade Anhanguera, a arma que estava na mão da garota disparou acidentalmente. O trio mandou que o motorista abrisse a porta e eles desceram. A garota, que empunhava a arma, se dirigiu para a rua Comendador ângelo Rinaldi, ao lado da padaria La Ville.

Uma viatura do Garra, que passava pelo local, ouviu o disparo e parou. Quatro policiais desceram e encontraram a garota armada no meio da rua. Os policiais deram voz de prisão para a menina que ficou nervosa e começou a chorar. Desesperada, ela colocou a arma na própria cabeça e ameaçava se matar.

Os policiais pediam calma e a menina, segundo testemunhas, chorava muito e dizia: “minha mãe nunca vai me perdoar”. Mesmo com o pedido para se entregar, a garota tentou fugir. Cercada, ela apontou o revólver para os policiais, que para se protegerem atiraram na perna da garota na tentativa de pará-la.
“Eu não acreditava no que estava vendo, os policias tentavam convencê-la, mas ela ameaçava atirar na própria cabeça, tudo foi muito rápido”, disse um homem que estava próximo a Caixa Econômica Federal e disse que a menina gritava como se estivesse “envergonhada”. “Ela falava muito da família, parecia mais preocupada com a família do que com o que estava acontecendo”.
Ao ser atingida na perna, a garota caiu no chão e imediatamente pegou o revólver e colocou o cano embaixo do seu queixo, disparando em seguida. Ela morreu na hora.  Os policiais ainda tentaram socorrê-la, mas já era tarde.

Os outros dois suspeitos que estavam com a jovem conseguiram fugir. A Polícia Civil investiga quem são essas duas pessoas que estavam com a menina que se matou e procura entender o que levou o trio a cometer o assalto ao ônibus, além do desfecho trágico. A reportagem do Portal O Taboanense tentou por inúmeras vezes falar com os investigadores, mas não obteve sucesso.

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