“Lei Seca” continua provocando demissões e prejuízos no comércio taboanense
Depois do decreto do Governo Federal que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas na faixa de domínio de rodovias federais ou em locais de via expressa de acesso direto às rodovias os comércios de Taboão da Serra que se enquadram na lei estão passando por maus momentos.
O calculo dos empresários é que pelo menos 1.000 pessoas percam o emprego caso o decreto não seja revogado para áreas urbanas, como é o caso de Taboão da Serra. Na cidade a legislação causou polêmica, isso porque a cidade é cortada em toda sua extensão pela rodovia federal Régis Bittencourt e diversos comércios como padarias, restaurantes, motéis, inclusive restaurante do Shopping Taboão, estão perdendo clientes e para não ficar no prejuízo já começaram a demitir garçons, ajudantes de cozinha e outros funcionários.
Padaria La Ville: prejuízo e demissões
Um bom exemplo de como a lei prejudica o comércio local é a padaria
Recentemente a
No período da manhã, Noronha afirma que o prejuízo chegou a 10%. Já no noturno, incluindo a madrugada, o número saltou para 40%. “Isso significa que 50% do movimento foi afetado, o que representa 25% a menos do faturamento que teríamos no mês. A padaria já demitiu quatro funcionários e até o final do mês a previsão é que demita mais 35. Hoje, a
Outro estabelecimento prejudicado foi a padaria Auto Estrada. Tradicional na cidade, o comércio atende próximo à rodovia federal, no bairro do Intercap, e emprega diretamente cerca de 40 funcionários. O gerente Alex Alves garantiu que cerca de 40% do movimento caiu nos últimos dias. “Fomos pegos de surpresa. Nosso fluxo de clientes caiu bastante e caso a situação não se reverta, vamos fazer algumas demissões”. A padaria também foi notificada e recorre da multa de R$ 1.500. Alves não descartou a possibilidade de demissões. “Vamos aguardar até o final do mês”.
A comerciante Roseli Vieira Camargo, moradora do Jd. América, acredita que a proibição nesses locais é ineficaz e ainda provoca desemprego, uma vez que os órgãos fiscalizadores fazem vistas grossas para o problema. “Quem quer beber não precisa ir na padaria ou no restaurante. A pessoa enche o isopor coloca dentro do carro e sai bebendo. Agora, se ele sabe que tem lei e que a polícia ou fiscais ao invés de ignorar o bafômetro vão passar a multá-los ou encaminhá-los para a prisão, a coisa muda. Pode vender cerveja a rodo que ninguém vai extrapolar”. Na contramão, o aposentado Luiz Carlos Espindola, de Santo Amaro, defende a lei pois entende que só assim “a população terá mais disciplina”.