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Vereador Eduardo Lopes fala dos rumos da CEI da Cooperativa

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Redação

24/10/2016 00:00
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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Taboão da Serra, criada para apurar possíveis irregularidades praticadas pela Cooperativa Habitacional Vida Nova, chegou ao fim depois de seis meses. Sem ouvir dois dos principais personagens da investigação, o empresário José Aprígio, presidente do empreendimento; e o ex-prefeito Evilásio Farias, o relatório final está sendo preparado e deve ser apresentado nos próximos dias.  

Após 180 dias que incluíram muitas oitivas, ausência de testemunhas, desinteresse de alguns membros da comissão e polêmicas, o presidente da CEI, vereador Eduardo Lopes, informou que todas as informações colhidas foram enviadas para a procuradoria da Câmara Municipal de Taboão da Serra.

Lopes irá apresentar data para a apresentação do relatório final da Comissão de Investigação | Rose Santana / Arquivo

“Esse relatório final será colocado à apreciação da comissão. Após votação, se aprovado, o relator Marco Porta e eu, estaremos enviando ao Ministério Público esse documento, contendo as informações que nós colhemos nesses seis meses de investigação […] A CEI se encerra com muitas informações que vão auxiliar o Ministério Público”, declarou Lopes.

Lopes lamentou a ausência do empresário Aprígio, assim como de alguns diretores do empreendimento. “É óbvio que nós poderíamos ter tido muito mais, como a presença do próprio presidente da Cooperativa, o senhor Aprígio, tantas outras testemunhas que na nossa análise poderiam ter contribuído e muito para que esse processo fosse muito mais elucidado”.

Para o presidente da comissão, “houve fraude” e ele espera que os “culpados” devolvam o dinheiro ao município. “Eu pessoalmente não tenho dúvida nenhuma que houve conluio, algumas fraudes nesse processo. Mas ainda é precoce eu estar fazendo qualquer tipo de menção haja vista que o relatório ainda está sendo elaborado […] Aprovado o relatório, eu como presidente da CEI, vou entregar ao MP […] Se houve crimes, e em minha opinião houve […], que as pessoas sejam punidas. Quero muito que a justiça seja feita”, frisou.

O presidente da CEI, ainda informou que ainda não saberá se o documento será lido durante a audiência, mas ficará à disposição para quem tiver interesse em ler. “Se a comissão votar favorável ao relatório, na oportunidade, dependendo do volume […] a gente vai optar em fazer a leitura ou não. Talvez uma síntese, um resumo, mas isso vamos deliberar com a comissão para dizer se é viável ou não. Caso contrário, a gente vai deixar esse material à disposição do público para que eles acessem através do portal da Câmara”, informou Lopes.

A audiência de desfecho da CEI da Cooperativa será aberta ao público, diferente do que aconteceu durante o processo de investigação. A data deve ser anunciada na próxima terça-feira, dia 25, durante a sessão ordinária na Câmara Municipal.

Outro lado

A reportagem do Portal O Taboanense tentou contato com o presidente da Cooperativa Vida Nova, Aprígio, mas não obteve sucesso. Em junho, durante as investigações da CEI, durante entrevista coletiva, Aprígio disse que tudo não passava de “perseguição política” do grupo da base governista.

Na ocasião, Aprígio disse “nenhum daqueles vereadores tem capacidade para fazer uma CEI contra a Cooperativa. Eles não tem capacidade de julgar a Cooperativa, é uma CPI viciada, política, é uma perseguição… não reconhecemos os profissionais que estão lá”.

O vereador Luis Lune chegou, em junho, a dizer que Lopes havia tentado extorquir Aprígio. Lune afirmou que o presidente da CEI, o vereador Eduardo Lopes, “tentou extorquir” o empresário Aprígio e que teria provas. “Eu acho que tem pessoas aqui que não tem nem legitimidade para estar presidindo essa CEI. O senhor sabe por quê”.

Na tribuna, Lune continuou: “O senhor [Lopes] tentou, em conversa com esse vereador, com outros vereadores, tentou extorquir esse que está sendo aqui cercado pelos senhores politicamente. Eu tenho provas. O senhor quer que eu repita? O senhor não tem moral para estar presidindo essa CEI escandalosa, política e demagoga. E se tivesse realmente interessado em resolver o problema teria procurado o Ministério Público e não fazer esse circo”, disparou.

 

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