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Três vereadores são presos acusados de ligação com esquema de fraude do IPTU
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A Polícia Civil de Taboão da Serra prendeu na noite desta terça-feira, dia 3, os vereadores Carlos Andrade (PV), Arnaldo dos Santos (PSB) e José Luiz Elói (PMDB) acusados de participarem do esquema de corrupção que desviou pelo menos R$ 1 milhão do pagamento do IPTU. Os parlamentares tiveram a prisão temporária decretada por cinco dias pela justiça.
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As prisões aconteceram pouco antes do início da sessão da Câmara Municipal. Pelo menos quatro viaturas da Polícia Civil fecharam a avenida Dr. José Maciel, onde funciona o Poder Legislativo. Os vereadores foram avisados da prisão dentro do plenário e seguiram para a delegacia Seccional onde iriam prestar depoimentos.
Foto: Rose Santana
Policiais da Seccional prenderam os vereadores no plenário da Câmara
Segundo o chefe dos investigadores da Seccional de Taboão da Serra, Ivan Jerônimo da Silva, os vereadores são acusados de formação de quadrilha e peculato. Cada um dos vereadores foram investigados a partir de denúncias feitas após a prisão de Márcio Carra, no dia 18 de março.
A polícia quer determinar a participação de cada um dos vereadores no esquema que fraudava a arrecadação de impostos. Segundo o investigador, Elói teria pedido para apagar a dívida de três casas de propriedade de sua família. Já Arnaldo, dono de uma imobiliária, teria indicado alguns contribuintes para participar do esquema.
A Polícia Civil disse que o vereador Carlos Andrade fazia contatos com empresários e construtoras. Seu irmão, Milton Andrade, presidente do PV na cidade, também foi preso ao chegar na Seccional. A acusação contra ele é a mesma que foi feita contra seu irmão. Nesta quarta-feira, dia 4, outras prisões serão feitas. Informações extra-oficiais dão conta que pelo menos sete pessoas devem ser presas acusadas de participação na fraude.
Os vereadores deverão ser ouvidos nesta quarta-feira, pois o inquérito permanece no fórum. Eles serão levados para delegacias diferentes, onde deverão permanecer até o final da validade da prisão temporária, que pode ser prorrogada por mais cinco dias.
Fortuna
O chefe dos investigadores, Ivan Jerônimo, disse que o valor desviado pela quadrilha é “incalculável”. Somente em 2011, foram desviados cerca de R$ 1 milhão, mas o total da fraude pode passar os R$ 10 milhões. A Polícia Civil vai investigar os últimos 10 anos de arrecadação da prefeitura.
Ivan ainda disse que o esquema não estava restrito apenas ao IPTU, outros impostos municipais, como o ITBI e o ISS também eram fraudados. “Estamos no começo da investigação, mas o que temos em mãos já é o suficiente para pedir as prisões preventivas”. O investigador chegou a afirmar que pelo volume desviado, é impossível não perceber a fraude. “Tem muita gente envolvida para que não tenha sido detectado antes”.