Três testemunhas são ouvidas no primeiro dia de julgamento
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O juiz Guilherme Alves Lopes Lamas fez um balanço positivo do primeiro dia de audiência, a expectativa é que até sexta-feira, dia 25, todas as 14 testemunhas sejam ouvidas, apesar de considerar, esse, um julgamento difícil devido a grande quantidade de réus, 26. O delegado Raul Godóy Neto foi o primeiro a ser ouvido.
“Foi bem produtivo, das 14 testemunhas, hoje conseguimos ouvir três, na realidade 13, porque vai ser ouvida através de precatório. A expectativa é que consigamos encerrar até sexta-feira [dia 25]”, disse o juiz Guilherme Alves Lopes Lamas.
Foto: Rose Santana
o ex-secretário Luis Antônio deixa o Fórum de Taboão após primeiro dia de julgamento
Lamas explicou que nessa segunda parte do julgamento, somente testemunhas de acusação serão ouvidas, na terceira fase, serão ouvidas as testemunhas de defesa, em seguida os réus. A data para o prosseguimento do julgamento será marcada na sexta-feira. O juiz Lamas disse que vai depender da pauta que ele tem que cumprir, uma vez que ele também é responsável pela Vara da Infância, Criminal, Execução e Juventude.
“Vou precisar olhar a pauta para marcar a sequência, espero que seja o mais breve possível. Esse é um julgamento difícil [pela quantidade de réus], para o cartório também, mas o juiz tem que enfrentar e encarar da melhor maneira”, relatou.
Quanto ao pedido de adiamento solicitado pelos advogados de defesa, Lamas comentou que os advogados fizeram seu papel, mas ele não viu nada que pudesse justificar o adiamento do julgamento.
“Esse é o papel da defesa, no meu entendimento, não havia impedimento”, finalizou.
Na segunda parte do julgamento sobre a Operação Cleptocracia, sobre Fraude na Dívida ativa do IPTU, mais duas testemunhas foram ouvidas. Juliane Requena, funcionária da prefeitura, na época, ela era responsável pelo setor de cadastro imobiliário. Em seu depoimento, Juliane descreveu qual era sua função no setor e declarou ter visto alguns dos acusados algumas vezes no setor. Declarou também nunca ter sido aliciada por nenhum deles a fazer qualquer atividade ilícita.
Juliana falou que seu setor não tinha autorização para fazer baixas, apenas fazer mudanças no cadastro imobiliário, porém, afirmou que o ex-funcionário Márcio Carra, possuía uma senha que dava direito a entrar no sistema da Dívida Ativa.
“O cargo dele [Carra] era superior ao meu, mas na prática eu respondia pelo setor. Ele [Márcio Carra] tinha acesso a Dívida Ativa”, declarou Juliane Requena.
A última testemunha do dia a ser ouvido foi o engenheiro Diogo Pupo Nogueira Filho. Ele declarou que foi arrolado como testemunha porque efetuou o pagamento do IPTU em 2010 com cheques, e vendeu um terreno por internédio de Milton Andrade, de forma totalmente legal.
Nessa terça-feira, dia 22, às 10h, o julgamento segue ouvindo as testemunhas de acusação.