Suspeito de matar professora no Embu é reconhecido em hospital
Testemunhas do assassinato da professora Joyce Chaddad Domingues, de 36 anos, morta na porta da Escola Municipal Professor Paulo Freire, em Embu, no dia 28 de fevereiro disseram ter reconhecido o suspeito de cometer o crime. Em frente à escola, não existem câmeras de vigilância, mas duas testemunhas presenciaram o crime: outra professora e um morador da região, que passava pela rua no momento dos disparos.
O suspeito está internado no Hospital Municipal do Campo Limpo, para onde fora levado na quarta-feira (9), vítima de arma de fogo. Higino Brígio, delegado responsável pelo caso, esteve nesta sexta-feira (11) no hospital, e conversou com ele. "Para mim ele não é suspeito, ele é o autor do crime, autor dos disparos. Elas o reconhecerem 100% e disseram ‘ele é o cara’", afirmou, embora o suspeito negue ser o assassino da professora.
Foto: Reprodução | TV Globo
A professora Joice Chaddad assassinada no final de fevereiro
De acordo com a polícia, ele segurava uma arma de brinquedo quando foi atingido no peito pelos policiais. Não há previsão de alta para o suspeito, que teve sua localização facilitada pela ex-namorada dele, que informou seu paradeiro. "Eu ouvi a ex-namorada dele na quinta-feira (10). Ela quem passou o torpedo com ameaça à professora em 2009. Na época eles namoravam. Ela contou que ele estava no hospital internado e levei as testemunhas lá”, relata Brígio.
Diferente do que fora publicado no retrato falado, o suspeito tem 17 anos e já passou um ano e meio na Fundação Casa por roubo. A imagem do suspeito, feita pelo Setor de Arte Forense, a partir das descrições de testemunhas foi divulgada na terça-feira (1º), e falava de um homem moreno, aparentando ter 25 anos. Se comprovadas as informações, o crime que abalou a região metropolitana de São Paulo e que teve repercussão nacional pode estar perto da solução.
A Polícia Civil informou esta semana que mudaria a linha de investigação do assassinato da professora, pois até aquele momento ainda esperava que alguma testemunha do crime reconhecesse o autor dos disparos e fornecesse a identidade do suspeito. Assim que receber alta, o adolescente será levado à Vara da Infância e da Juventude. No decorrer das investigações, já foram ouvidas cerca de 10 pessoas.