Secretária de saúde aponta falha na fiscalização da Iacta Saúde

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A situação caótica que o sistema de saúde público de Taboão da Serra enfrenta, em especial o Pronto Socorro da Antena, administrado pela OSS  Iacta Saúde, poderia ser minimizado caso algumas medidas básicas, e obrigatórias, tivessem sido adotadas na administração do ex-prefeito Evilásio Farias.

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A lei obriga que esse tipo de serviço, prestado por Organizações Sociais de Saúde, seja acompanhado por uma comissão fiscalizadora, mas ela nunca atuou na cidade, segundo afirmou a secretária de saúde, Raquel Zaicaner, durante a prestação de contas na Câmara Municipal, realizada na última quinta-feira, dia 28.

Foto: Cynthia Gonçalves | Divulgação

A secretária Raquel Zaicaner durante audiência pública da saúde

Ao ser questionada sobre o atendimento no PS da Antena, a secretária lamentou que a comissão não chegou a ser criada e mesmo assim, sem uma avaliação, a prefeitura renovou o contrato com a empresa. “Era importante e obrigatório a criação de uma comissão de acompanhamento, mas  com a Iacta não teve, nunca foi implantada. É uma lei das OSS, é uma lei de 2010 e que nunca foi cumprida aqui no município”.

Segundo Raquel Zaicaner, a intenção da administração é romper o contrato com a Iacta Saúde. “Sempre que se consegue fazer coisas amigáveis e por consenso é melhor do que fazer por meio judicial. O prefeito tem chamado a empresa para a discussão da divida deixada pela administração passada para que seja feita uma negociação e para que a gente rescinda o contrato de forma amigável o mais rápido possível”.

Sobre a nova OSS que gerenciará do PS da Antena, a secretária afirmou que a vontade do prefeito Fernando Fernandes é trazer uma instituição de renome para a cidade. “Não queremos receber uma empresa que não tenha qualificação pra isso, se a SPDM, o [hospital] Einstein, o [hospital] São Luis, o Santa Marcelina quiserem vir pra cá, ótimo, é o que queremos, uma OSS de qualidade no nosso município”.

Pagamento

Segundo a secretária de saúde, a dívida deixada pela administração passada na área da saúde ultrapassa os R$ 18 milhões. Só com a Iacta Saúde, a dívida chega a R$ 14 milhões e com o Grupo Fonseca e Amorim, que terceiriza médicos para o PS Akira Tada, a dívida é de R$ 3 milhões.

“Chamamos as empresas, falamos que vamos pagar, mas tem que ter uma proposta porque não dá pra quitar de uma vez. A partir de janeiro, começamos a pagar em dia o que as empresas estão produzindo. Fizemos a primeira medição de serviços da Iacta no dia 25 de janeiro, do 1º ao 25, fizemos a medição e pagamos e a Iacta garantiu que começou a pagar os seus médicos”.

Raquel Zaicaner disse também que o houve outro período, do dia 26 a 31 de janeiro, para analisar as duas empresas que prestam serviços para o município,. “Fizemos algumas correções, a Fonseca e Amorim, tivemos um acompanhamento mais próximo, a nota tinha alguns médicos a mais do que tinham prestado efetivamente, então eles fizeram uma nota de menor valor, refizeram e eles pagaram os médicos”.

A prefeitura aguarda para os primeiros dias de março as prestações de conta de fevereiro. “Vamos analisar juntos para que possa comprovar o que teve de atendimento ou não”.