EM ALTA
Home

Saúde respiratória e a baixa umidade do ar

3 min de leitura
Foto do autor

Redação

19/09/2010 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

 

Por Ana Luisa Godoy Fernandes
 Novamente nos vemos sofrendo as consequências da baixa umidade do ar que vem atingindo níveis críticos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a umidade do ar entre 50% e 60% é considerada ideal. Abaixo de 30% nos deixa em estado de atenção, e se inferior a 20%, é decretado o estado de alerta. Em São Paulo, por exemplo, já estivemos bem abaixo deste índice algumas vezes. O fenômeno tem sido comum em todo o Brasil.

Todos sofremos as consequências, que incluem garganta seca, olhos ardentes e dificuldade respiratória. Mas sofrem mais ainda aqueles já portadores de doenças respiratórias crônicas, como a asma, rinite alérgica ou a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

A baixa umidade do ar, aliada à poluição, promove irritação das mucosas respiratórias e consequente inflamação, que predispõe estes pacientes às crises de exacerbação.

Para minimizar os efeitos, é muito importante prestar atenção no ambiente à nossa volta. Evitar o cigarro, manter a casa limpa e arejada, providenciar a correta manutenção do ar-condicionado, tanto em casa, como no trabalho ou no carro são algumas medidas essenciais.

Nessa época do ano, também a prática de atividade física merece atenção redobrada. O ideal é evitar as corridas ou caminhadas ao ar livre, especialmente em locais com grande circulação de veículos.

Outras recomendações importantes são fazer uma boa hidratação tomando pelo menos dois litros de água ou suco por dia. Isso alivia a sensação de secura na garganta e nas vias aéreas. Pingar soro fisiológico no nariz, colírio nos olhos e usar hidratante na pele também ajudam.

O ambiente também pode ser hidratado com vaporizador ou mesmo com medidas mais simples tais como estender uma toalha felpuda úmida ou colocar bacias com água no quarto ou ainda tomar banho com a porta do banheiro aberta, para que o vapor se espalhe pelo ambiente.

E não apenas diante destas condições climáticas, mas em qualquer situação, procure um especialista em caso de desconforto excessivo ou dúvidas. O atendimento preventivo é a melhor maneira de evitar crises graves.
 


Ana Luisa Godoy Fernandes, Diretora de Ensino e Exercício Profissional da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)

Notícias relacionadas