EM ALTA
Home

Região aguarda definição sobre aterro sanitário em Itapecerica da Serra

4 min de leitura
Foto do autor

Redação

23/11/2009 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

 

Por Bruno Anderson, da Gazeta SP

A região sudoeste da Grande São Paulo, composta por seis cidades, aguarda a finalização de um projeto da Sabesp para reativação do aterro sanitário de Itapecerica da Serra, no bairro do Potuverá. Interditado pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) desde 2008, o lixão deve ser utilizado, dentro de alguns meses, para receber todo o lixo produzido por Taboão, Itapecerica, Embu, São Lourenço, Embu-Guaçu e Juquitiba. De acordo com o prefeito, Jorge Costa (PMDB), a Sabesp está concluindo um estudo de viabilidade técnica para que seja autorizada a reativação do aterro.

Encarado como um grande vilão dos municípios, o lixo recolhido na região é destinado à cidade de Caieiras, no oeste paulista. Devido à distância e a falta de aterro, as cidades têm que despejar o lixo há cerca de 40 km do sudoeste. Com isso, segundo apurou a Gazeta SP, os custos operacionais para tratamento do lixo estão elevados e os prefeitos enfrentando dificuldades para arcar com as despesas. O valor pago no aterro de Caieiras gira em torno de R$ 80 a R$ 120 a tonelada, sem contar o valor agregado dos pedágios e custos com combustível.

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

Terreno onde o aterro sanitário de Itapecerica da Serra pode funcionar

A reativação do aterro, além de reduzir o valor pago pelas cidades, viabilizará a implantação de programas como a coleta seletiva, principal aposta para redução do aquecimento global, provocado pelo lixo armazenado de forma irregular. A intenção dos municípios é que a Sabesp faça o gerenciamento do aterro e o governo do Estado possa assumir a responsabilidade pelo tratamento. As cidades de Itapecerica e Taboão, por exemplo, pagam, aproximadamente, R$ 700 mil mensais com despesas para destinação dos resíduos.

Segundo Costa, com a liberação do lixão os gastos podem ser reduzidos pela metade. “Fizemos um protocolo de intenções, que está em análise pela Sabesp e agora temos que aguardar”. Até o início da última semana, a empresa ainda não tinha oficiado a prefeitura quanto ao encerramento do processo de análise técnica para liberação do local. “Toda parte de planta, estruturação e autorização para retomada das atividades dependem da indicação deles. Assim que regulamentado, poderemos garantir o aterro para a região”, concluiu o prefeito.

Responsabilidade

A interdição do aterro de Itapecerica da Serra ocorreu devido às condições de armazenamento do lixo estarem em desacordo com o protocolo ambiental previsto pela Cetesb. Em 2002, a prefeitura foi multada em R$ 700 mil devido a um acidente por excesso de obras no aterro, mas sem consequências graves. Segundo o governo, não houve impacto ambiental.

A reportagem teve acesso há alguns critérios utilizados por técnicos da Sabesp e o que mais pesará para liberação do lixão é o tratamento e destinação correta do chorume, líquido produzido pelo lixo e com grande potencial de contaminação. Para que o aterro absorva o chorume, sem colocar em risco a vida da população, o solo deve quantidade espessa de terra para absorver o líquido e garantir a incineração correta do lixo. Em São Paulo, o aterro utilizado como modelo é o Sítio das Neves, onde funciona o aterro sanitário de Santos, no litoral paulista.

Notícias relacionadas