Público se emociona na 55ª Encenação da Paixão de Cristo

Por Rodrigo Martins

O estacionamento do parque das hortênsias ficou lotado pelo público que assistia atentamente a encenação da paixão de cristo. Dona Joana, moradora do Jd. Trianon, que prestigiou o espetáculo pela primeira vez acompanhada pelo filho Carlos e a nora Luana disse: “Estou gostando, está muito bonito”.

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Já sua nora, Luana, acrescenta: “Esta é a segunda vez que participo, este ano tem mais pessoas tornado a encenação ainda mais bonita” e Carlos finaliza: “É uma ótima oportunidade para refletir sobre os ensinamentos cristãos”.

Fotos: Rodrigo Martins

Jaqueline é consolada por amiga durante a encenação da Paixão de Cristo

Com a atenção voltada para os telões, viam-se nos olhares dos presentes um sentimento de emoção, com os olhos brilhantes e em alguns momentos, muitos dos fiéis não conseguiam segurar as lágrimas. Em silêncio, o público prestigiava a encenação, quando uma voz se destaca no meio da multidão. A vozinha, era de Fabiana, cinco anos, pedindo:  “Papai eu quero vê Jesus” disse ao subir no ombro.

Inicia-se a caminhada de Jesus, do Parque das Hortênsias até o Morro do Cristo, carregando sua pesada cruz e seguido pela multidão. Jaqueline, de 16 anos, se emociona profundamente, quando vê o sofrimento e as marcas no corpo de Cristo.

“Isso aconteceu de verdade filha” disse Dona Viviane para sua filha Maria Eduarda de cinco anos e ressalta “é muito importante mostrar os ensinamentos cristãos à nossas crianças, para que elas saibam que Jesus morreu para nos salvar” e a pequena Maria Eduarda exclama “eu não gosto deles, eles são maus”, apontando para os soldados de Pôncio Pilatos.

Cícera, de 11 anos, e o irmão Thomaz, de 7, dizem estar entristecidos: “eu tenho dó dele” referindo-se as chibatas que Jesus recebia e os gritos de dor que o ator Heric Alvarez interpretou tão bem no papel mais importante da noite.

Moradora do bairro Pirajuçara, Dona Maria elogia a encenação de 2011 dizendo que esta mais atrativa e diferente, porém critica o horário de inicio.“Está muito bonito, mas está acabando muito tarde, infelizmente não poderei ficar até o encerramento, pois dependo de ônibus para ir embora”. Sr. Benedito, de 66 anos, morador de Embu das Artes, se emociona ao ajudar a carregar a cruz e lembra o quanto sofrido foi o percurso de cristo para salvar a humanidade de seus pecados.

Assim como o Natal, a Paixão de Cristo, a Páscoa, são momentos familiar, onde as pessoas se reúnem para relembrar os ensinamentos cristãos. Essa premissa é facilmente constatada pela família dos gêmeos de 12 anos, Lucas e Matheus, que observavam os ensinamentos bíblicos e as tradições cristãs. Lucas e Matheus estavam acompanhados de seus pais e de seu irmão, o pequeno Rafael de 11 meses que, alheio aos sofrimentos do mundo, adormeceu no colo do pai.