Protesto bloqueia Régis Bittencourt nos dois sentidos

Uma manhã de caos em Taboão da Serra. Um protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) parou completamente a rodovia Régis Bittencourt por cerca de uma hora. As duas pistas foram bloqueadas com pneus e entulho, depois os manifestantes atearam fogo. O congestionamento na região chegou a 12 quilômetros e o reflexo na região central e no Pq. Pinheiros é “desastrosa”, como disse um marronzinho.

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A líder do MTST em Taboão da Serra, Vanessa, disse que o protesto do movimento é nacional e na cidade eles reivindicam agilidade no processo de desapropriação da área invadida há quatro meses no Jd. Helena e prioridade na negociação com a CDHU para implantação de um conjunto habitacional popular no local.

Foto: Eduardo Toledo

Trânsito ficou completamente parado por mais de uma hora: caos na região central 

“Nosso protesto está acontecendo em outras rodovias e no rodoanel, a juíza já decretou o despejo da gente, mas nós não vamos sair porque não temos para onde ir. São 900 famílias que dependem desse terreno para ter um lugar para morar”, disse.

O protesto do MTST começou pouco antes das 10h. Cerca de 400 manifestantes bloquearam ao mesmo tempo as duas pistas da rodovia Régis Bittencourt na altura da Igreja Santa Terezinha. Um caminhão que deu suporte para o protesto descarregou os pneus e entulhos, bloqueando completamente as duas vias.

Diversos comércios abaixaram suas portas. A Loja Cem permaneceu por quase duas horas fechada. O Extra reforçou a segurança, mas os manifestantes permaneceram na rodovia. Cerca de 20 viaturas da Polícia Militar e oito da Polícia Rodoviária Federal cercaram o local onde a manifestação ocorria.

A Polícia Militar tentou convencer o MTST a liberar pelo menos uma pista, mas o pedido foi negado. O clima ficou tenso com a chegada da Rocam (Rondas Ostensivas com o Apoio de Motocicletas). Os policiais tentaram passar até o local onde os pneus estavam queimando e um corredor foi formado. Os PMs ficaram cercados e foi preciso a intervenção dos lideres do movimento para que não ocorresse um confronto.

Os agentes de trânsito da prefeitura tentavam desviar os carros por rotas alternativas, mas com a rodovia fechada por mais de uma hora o congestionamento estava formado. Às 11h10, após uma negociação com a Polícia Rodoviária Federal, o MTST concordou em deixar o local. Eles voltaram para o acampamento a pé, escoltas pela polícia.

Por volta das 11h30, os bombeiros chegaram ao local e apagaram os pneus que ainda estavam pegando fogo. O trânsito foi liberado em seguida, mas o reflexo no trânsito continuou até às 12h20, hora de fechamento desta matéria.

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