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Programa Água Legal da Sabesp abastece residências na região

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Redação

22/03/2017 00:00
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Na véspera do Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22), a Sabesp lança na capital e Grande São Paulo o programa Água Legal, que irá levar água potável para 160 mil residências da região e beneficiar cerca de 600 mil pessoas, que deixarão de usar ligações clandestinas.

O governador Geraldo Alckmin participou do lançamento do programa nesta terça-feira (21) e visitou algumas das comunidades que serão beneficiadas pela iniciativa. Em uma delas, a Funcionários Públicos, na Zona Sul de São Paulo, serão conectados à rede de abastecimento 1.232 imóveis, beneficiando cerca de 7 mil pessoas. Com as ligações oficiais, deixarão de ser desperdiçados 24 milhões de litros de água mensais.

O governador Geraldo Alckmin durante visita a região de M'Boi Mirim nesta terça-feira | Alexandre Carvalho/A2img

“Nós estamos na região do M’Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo, iniciando um grande trabalho que é o Água Legal. Muitas comunidades tinham água pelo sistema conhecido como ‘Macarronada’, aquele amontoado de fios e borrachas, utilizado para abastecer água clandestina. As pessoas tinham que pagar R$ 50 para quem tinha o equipamento para bombear água, na maioria das vezes contaminada. Nós estamos fazendo um trabalho de casa em casa, de regularização, levando água potável, de qualidade, com segurança”, disse Alckmin.

Segundo o governador, a Sabesp espera economizar 3,3 bilhões de litros de água desperdiçados em ligações clandestinas: “Isso equivale a abastecer uma cidade como Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo”, disse.

A Sabesp vai investir R$ 162 bilhões até 2018 para instalar ligações oficiais em áreas urbanas sem titularidade, em casas construídas em terrenos públicos que não estejam em área de proteção social, na capital e Grande São Paulo.

“Aqui onde estamos já foram feitas 1.500 ligações em casas e devem ser feitas mais 2.500. A meta é beneficiar 600 mil imóveis na Região Metropolitana. Estamos falando em 600 mil pessoas, em evitar desperdícios e garantir água de qualidade, mais saúde para a população”, afirmou Alckmin.

Mais saúde para os moradores
Os clientes residenciais que passam a ser conectados vão ser incluídos nas tarifas sociais cobradas pela Sabesp, no valor atual de R$ 7,59 para residências que consomem até 10 mil litros por mês, ou 33% da tarifa normal. A medida tem caráter social também em questões relacionadas ao meio ambiente e cidadania. Os moradores que antes não podiam comprovar o endereço, passarão a fazê-lo mediante a apresentação das contas de abastecimento.

Nas áreas beneficiadas, a Sabesp vai negociar com as prefeituras as autorizações individuais e a documentação necessária para instalar as tubulações nas ruas, já que uma lei federal impede a instalação de sistema de saneamento em áreas sem infraestrutura urbana.

Os ganhos  virão sobretudo na área da saúde, com a redução de doenças e da mortalidade infantil, uma vez que a água fornecida pela Sabesp, além da qualidade, chegará por meio de tubulação adequada, evitando a infiltração de sujeira, comum nas ligações clandestinas.

Os bairros vizinhos também serão beneficiados, pois os vazamentos provenientes das ligações clandestinas provocam a redução da pressão da água na rede oficial e paralisações no abastecimento.

Campanha da Fraternidade
O programa Água Legal surgiu como um projeto piloto da Sabesp com o apoio e parceria de dioceses da área metropolitana, a partir da Campanha da Fraternidade de 2016, que tinha como como foco principal o saneamento básico. O sucesso do projeto piloto levou a companhia a estruturar o programa.

De acordo com levantamento da organização não governamental Trata Brasil, 37% da água tratada no Brasil acaba sendo desperdiçada na distribuição. As empresas de saneamento deixaram de receber 6,5 trilhões de litros de água potável, em 2013, prejuízo equivalente a R$ 8 bilhões anuais. Quanto menor a arrecadação, menos recursos para serem aplicados em investimentos no setor.

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