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Professores pedem segurança e secretário não recebe comissão

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Redação

05/04/2011 00:00
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Um caso absurdo de violência contra um professor na Escola Estadual Julieta Caldas Ferraz, no Jd. Monte Alegre, em Taboão da Serra,  levou uma comissão de docentes até a secretaria estadual de educação nesta segunda-feira, dia 4. Apesar da gravidade do fato e dos constantes crimes contra professores, o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald não atendeu a comissão.

O caso aconteceu na semana passada, um professor foi sequestrado por dois homens armados, que o abordaram no estacionamento da escola. Os sequestradores circularam com o professor, que não teve seu nome divulgado, por alguns locais da cidade, passaram inclusive em frente a Delegacia de Polícia. Após passar por momentos de terror, ele foi deixado próximo ao Shopping Taboão, sem nenhum ferimento. Os marginais levaram R$ 20,00 em dinheiro e o carro do professor.

Foto: Divulgação

Comissão de professores na frente da secretaria estadual de educação

De acordo com a secretária da escola, Lizete da Costa Marques, existe um onde de violência se espalhando nas escolas, fato que deixam profissionais e alunos vulneráveis. Diante dos últimos acontecimentos, a diretora Leni de Cássia Hayashida, juntamente com os professores resolveram fazer um manifesto, reuniram um grupo de 20 pessoas e foram até a Secretaria de Educação, em São Paulo.

“Fomos até a Secretaria de Educação solicitar mais segurança, mas não fomos recebidos pelo secretário de Estado da Educação Herman Vooward, alguém disse que ele não estava. Para falarmos com ele depende de uma série de burocracias, num primeiro momento deixamos um requerimento”, relatou Lizete.

Um grupo de três pessoas conversou com um representante da Ouvidoria. “Fomos recebidos pela Ouvidoria. Passamos para ela [Isabeli] nossas queixas, o que temos passado no cotidiano da escola. Ela fez um relatório que deverá ser entregue ao secretário, eu acredito. Também foi enviado um e-mail para a Diretoria de Ensino aqui em Taboão da Serra, também estamos no aguardo”, explicou.

A principal reivindicação dos professores é por segurança, aumento do número de funcionários. “Estamos todos com muito medo, assustados, estamos trabalhando tensos. Não temos segurança nenhuma. É preciso que o Governo faça alguma coisa. Já tivemos casos graves, não dá pra ficar sem fazer nada”, finaliza.

Ainda de acordo com Lizete, o objetivo dos professores é alertar a sociedade e exigir do Governo do Estado que a Constituição e as Leis Trabalhista sejam cumpridas. "As escolas precisam de porteiros, seguranças, câmeras que auxiliem na proteção de sua população de educadores e educandos, com urgência", diz. 

Casos recorrentes

A violência nas escolas esta cada vez mais crescentes. Recentemente uma professora foi morta na porta da escola onde trabalha na cidade de Embu das Artes. Em Taboão da Serra, uma professora sofreu tentativa de estupro, também em frente a escola onde trabalhava.

 Na Escola Julieta Caldas, os casos de violência não são recentes, já vem acontecendo desde 2005. Veja o terrível histórico:

2005 – A vice-diretora da EE Julieta Caldas Ferraz, Jd. Monte Alegre, foi assaltada a poucas quadras da escola. Levou um tiro no rosto.

2008 – Um rapaz nu invadiu a sala da diretora, segundo informações, tratava-se de um usuário de drogas.

2009 – A coordenadora teve sua sala invadida, furtaram de dentro da bolsa dela, a carteira, dinheiro e a chave do carro. Levaram o carro.

2010 – Furtaram o carro de uma funcionária de dentro do estacionamento da escola.

2011 – Professor é sequestrado dentro do estacionamento da escola.

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