Prefeitura de Taboão da Serra inicia reforma do PS Antena

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Afogada em dívidas, a prefeitura de Taboão da Serra finalmente começa a mostrar sinais de recuperação. A pouco mais de seis meses no cargo, o prefeito Fernando Fernandes precisou administrar uma dívida de mais de R$ 200 milhões deixada pela administração passada. O momento financeiro ainda não é confortável, mas os primeiros investimentos efetivos na saúde pública estão começando a acontecer.

Na semana passada, a prefeitura começou uma grande a reforma do Pronto Socorro da Antena e da sua maternidade. O local irá ganhar sete novos leitos de UTI, fato inédito na história da cidade. A prefeitura garantiu também uma verba de R$ 2 milhões para a reforma de sete Unidades Básicas de Saúde, além de ter comprado todos os remédios que estavam em falta. Outro problema crônico, a falta de médicos, começa a ser solucionada com a realização de concursos públicos.

Foto: Ricardo Vaz

Prefeitura já começou a reforma no PS Antena, obras devem durar seis meses

Para o prefeito Fernando Fernandes, a missão dentro da saúde é muito maior do que se imagina. “Precisamos reconstruir a saúde, as nossas unidades estão em estado de conservação muito ruim, muitos médicos deixaram Taboão da Serra que pagava pouco e os fornecedores de remédios não queriam nem mesmo vender para nós, com medo de novos calotes. Tivemos que recomeçar tudo do zero”, afirma.

Em abril, a prefeitura já havia dado o primeiro passo para melhorar o atendimento no Pronto Socorro da Antena, mudando Organização Social de Saúde (OSS) que gerenciava o local. Saiu a Iacta, que gerou tantas polêmicas e reclamações e assumiu a Escola Paulista de Medicina. “Nos primeiros meses já percebemos o tempo de atendimento que diminui muito. Antes, chegava a 10 horas, hoje é feito, em média, em 40 minutos”, disse a Dra. Raquel Zaicanner, secretária de saúde de Taboão da Serra.

O Antena, o maior Pronto Socorro de toda a região, precisava de uma reforma estrutural. O telhado apresenta goteiras e infiltrações, parte do forro havia caído e muita coisa não estava funcionando. Além da reforma estrutural, a prefeitura irá separar a maternidade do pronto-atendimento, dando mais conforto para os taboanenses que nascem na unidade.

Paralelo a isso, o prefeito Fernando Fernandes deu início a construção de sete vagas de UTI na unidade. “Isso será uma conquista muito grande, é um investimento pesado em equipamentos e profissionais, mas esse é um déficit que temos”. A prefeitura também irá reformas os cinco leitos da semi-intensiva que funciona improvisada no local.

UPA

Outro investimento que a prefeitura faz paralelamente as obras de reforma é a construção da UPA, a Unidade de Pronto Atendimento que irá funcionar em frente ao Shopping Taboão. Com capacidade de atendimento 50% maior do que o atual PS Akira Tada, o equipamento deve ser inaugurado em novembro deste ano.

“A UPA irá melhorar o atendimento de emergência em toda a cidade, estamos com as obras bem adiantadas, correndo para inaugurar ainda neste ano. A unidade terá dois andares e será referência para os moradores de Taboão da Serra”, afirma o prefeito Fernando Fernandes.

Remédios

Outro problema herdado pelo prefeito Fernando Fernandes foi a falta de medicamentos. Os fornecedores se recusavam a entregar os remédios, caso não recebessem o que o governo anterior ficou devendo. “Tivemos que negociar, garantir que o pagamento do que estamos comprando saíra em dia”, disse a secretária de saúde.

Foto: Ricardo Vaz

Remédios foram adquiridos após a realização de pregões e negociação com fornecedores

Há 20 dias a prefeitura fez uma grande compra de medicamentos através da modalidade de ata de registro de preço, o que garante que não faltará remédios até o final do ano, quando um novo pregão deverá ser realizado. Além disso, a prefeitura aumentou a lista de medicamentos, passando a adquirir uma variedade maior de remédios para combater a diabetes, hipertensão, problemas do coração e outras doenças crônicas.

Novos médicos

Logo que assumiu o mandato, Fernandes detectou um problema que afligia todos os moradores que procuravam atendimento: não existiam médicos. O salário pago pela prefeitura até o ano passado afastava os profissionais. Fernandes então enviou um projeto para a Câmara Municipal aumentando de R$ 25 a hora trabalhada para R$ 60, além de uma gratificação de R$ 9, tornando o atendimento na rede pública de Taboão da Serra interessante para os profissionais médicos.

Na semana passada a prefeitura realizou um novo concurso público para a contratação de médicos. Ao todo, 72 profissionais passaram na prova e devem assumir os cargos em breve. São clínicos gerais, pediatras e ginecologistas, além de cirurgiães vasculares, neuroclínicos e endocrinologistas.