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Postos da região já estão sem combustível

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Redação

07/03/2012 00:00
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A paralisação dos distribuidores de combustíveis que começou nesta segunda-feira, dia 5, em protesto contra restrição de horários de circulação de caminhões na capital, provocou movimento acima do normal nos postos e afetou o abastecimento de combustível em toda a região . Em Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica da Serra a situação é mais grave.

A reportagem do Portal O Taboanense visitou 14 postos de combustíveis nas três cidades e apenas dois ainda conseguiam atender os motoristas, que formaram imensas filas para conseguir abastecer. “O nosso estoque deve acabar antes do meio dia, o movimento está cinco vezes acima do normal”, disse Dário, gerente do posto Rota 116.

Foto: Eduardo Toledo



Motoristas fazem fila para abastecer em posto próximo da Régis Bittencourt

Segundo Dário, apesar do posto de combustível possuir uma frota própria, os manifestantes não deixam que os caminhões abasteçam. “Um dos nossos veículos foi apedrejado, não tem o que fazer. Temos que esperar essa situação se resolver”. O gerente ainda disse que costuma vender cerca de 12 mil litros por dia, mas com essa crise já vendeu mais de 36 mil em apenas 20 horas.

Os motoristas que esperavam nas filas para abastecer estavam revoltados com a situação. “É brincadeira uma greve dessas, esse sindicato não tem respeito pelas pessoas que pagam caro pelo combustível”, reclamou Márcio Dias, morador do Jd. Record. Já para a dentista Tatiana Guimarães, a situação é preocupante. “Estou sem nada no tanque, não sei o que vou fazer para ir trabalhar”.

Os caminhoneiros protestam contra a proibição de circular na Marginal Tietê e em outras vias de São Paulo. A medida foi implantada em dezembro do ano passado, mas apenas com caráter educativo. Desde a última segunda-feira, dia 5, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começou a multar os infratores.

A marginal foi incluída na zona onde os veículos pesados de carga não podem trafegar das 5h às 9h e das 17h às 22h de segunda a sexta-feira. Nos sábados a interdição é das 10h às 14h.

“Desde 27 de dezembro, estamos conversando com o prefeito e outros sindicatos para discutir essa questão do rodízio que vem prejudicando demais o caminhoneiro autônomo, em especial, o de carga liquida, que sofre restrição maior”, disse Bernabé Rodrigues Gastão, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviário de Empresas Liquidas e Corrosivas do Estado de São Paulo (Sinditanque).

Os problemas da restrição, disse Gastão, é que o frete encarece, o caminhoneiro autônomo fica sem poder trabalhar e, tendo que substituir os caminhões maiores por menores, que não sofrem restrição de circulação, o congestionamento e a poluição na cidade se tornam ainda maiores.

“Se o frete de uma carreta de 30 toneladas custava R$ 500 e ela é proibida de circular, colocam-se 20 veículos menores (para substituir a carreta). A R$ 200 cada um (dos veículos menores), multiplicando-se isto por 20, para quanto foi esse frete?”, disse ele, lembrando que esse valor será embutido no preço final ao consumidor.

Por meio de nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Transportes disse “repudiar veementemente o movimento de greve de sindicatos ligados ao setor de transportes que visa a prejudicar o abastecimento de combustível na cidade”. A secretaria informou que está em contato com as distribuidoras de combustíveis para encontrar alternativas para normalizar o abastecimento na capital e que encaminhou um pedido à Polícia Militar para reforçar a segurança dos caminhoneiros que querem manter o fornecimento do produto.

Segundo a prefeitura e sindicatos, ainda não há previsão de uma nova reunião entre os órgãos para resolver o impasse.

Com informações da Agência Brasil

 

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