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Porta e Cândido relatam momentos de tensão durante o sequestro

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Redação

22/06/2015 00:00
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Vereador Marco Porta (PRB) e o secretário de Governo Cândido Ribeiro, relataram durante entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira, dia 19, na Câmara Municipal dos Vereadores de Taboão da Serra, os momentos de tensão e medo que viveram durante as 12 horas que passaram em poder dos sequestradores na quarta-feira, 17.

Emocionados e gratos com o desfecho do caso, eles agradeceram a Deus, as pessoas que conduziram a negociação com os sequestradores e o trabalho da polícia de Taboão da Serra. 

O vereador Marco Porta e o secretário Cândido passaram 12 horas em poder dos sequestradores | Cynthia Gonçalves

“Eles [a polícia] foram de uma inteligência ímpar, para conseguir dar um desfecho a essa situação que terminou 100% com sucesso. Só Deus para usar essas pessoas. Dr. Cândido e eu vivemos essa situação, e nós temos a clareza, de que se não houvesse em primeiro lugar, a mão de Deus sobre nós e essa equipe para fazer o que fizeram, nós não teríamos a mínima chance de sair dali com vida, dada as circunstâncias e as pessoas que estavam executando aquele crime”, relatou Porta. O vereador também citou duas pessoas, cujo nomes não foram divulgados, como parte "importantíssima" no processo de negociação.

"Quero agradecer a Deus, porque Ele é o senhor soberano da minha vida…Saímos dessa situação mais fortalecidos", disse o secretário Cândido.

De acordo com Porta, a primeira impressão é que se tratava de um sequestro relâmpago, quando os criminosos encontraram a funcional de vereador, “mudaram” de ideia. Um dos sequestradores passou a fazer contato com outras pessoas informando que estavam com “um peixe grande”.

Eles foram levados para um matagal, quando chegaram lá já havia outras pessoas esperando. Foi estipulado o valor do resgate, em R$ 150 mil. Os criminosos passaram o celular para que as vítimas entrassem em contato "com algumas pessoas e exigiram que não colocassem a polícia no caso". Os sequestradores realizaram saques no cartão de débito do vereador totalizando R$ 3.500. No cartão de crédito do secretário Cândido, foi gasto mais de R$ 7 mil.

O vereador relata dois momentos que eles “acharam que seria o fim”, o primeiro foi quando o intermediário, comunicou que não conseguiria o dinheiro pedido. “O bandido falou, então não precisa mais, depois vocês vem aqui e buscam os corpos deles na mata. E começou uma tortura psicológica”.

O segundo momento de tensão, aconteceu pouco antes de serem libertados, Marco Porta conta que dois bandidos, um deles tinha o apelido de “De Menor”, e um adolescente, informaram que os matariam porque havia dado tudo errado.

O vereador vai às lágrimas ao relatar o ocorrido. “O De Menor se dirigiu a mim e falou, ‘o bacana deu tudo errado […] a pessoa que está do outro lado não gosta de vocês, eles grampearam um dos nossos, e agora vocês vão ter que pagar’ e entregou a arma para o garoto, que nitidamente tinha 15 anos de idade”, conta emocionado. Após a tortura, o adolescente falou, “nós vamos soltar vocês […] fica em paz”.

Marco Porta declarou que tirou três lições do ocorrido. A primeira é que vale a pena ter fé e acreditar em Deus. A segunda, é que é necessário orar por “essas pessoas que estão envolvidas com a segurança”, disse.

A terceira lição, de acordo com o vereador, é propor a mudança no horário das sessões da Câmara, que acontecem todas as terças-feiras, a partir das 18h. Porta sugere que as reuniões passem a ser realizadas durante o dia.  

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