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Policial e testemunha preservada são ouvidas no segundo dia de julgamento

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Redação

22/01/2013 00:00
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O segundo dia de julgamento dos acusados da fraude do IPTU em Taboão da Serra ouviu duas testemunhas nesta terça-feira. O investigador de 2ª classe Ronaldo Marcos Nogueira usou a frase “não me recordo” por várias vezes quando questionado pelos defensores sobre os fatos ocorridos durante as investigações. Houve um momento que os ânimos se exaltaram entre advogados e testemunha.

O advogado do ex-vereador Carlos Andrade e sua esposa Claudia Pereira bateu boca com Ronaldo Nogueira. O investigador até sugeriu que o mesmo estuda mais. O advogado do também ex-vereador José Luiz Elói fez um questionamento, quando obteve como resposta um “não me recordo” declarou. “Não vai adiantar o senhor ter vindo aqui, o senhor não se recorda de nada”.

Foto: Rose Santana

Primeira fase do julgamento irá até o final desta semana no fórum de Taboão da Serra

O advogado Sérgio Hoterge questionou Nogueira sobre a mídia ter sido informada das prisões e ter realizado cobertura ao vivo, assim como sobre a divulgação do relatório. Ele disse não se recordar.

Hortege também inquiriu o investigador sobre um processo, que corre em segredo de justiça, que o ele responde no Fórum de Taboão e na 10ª Corregedoria Auxiliar do Demacro da Polícia Civil por crime contra a paz pública, quadrilha ou bando. Ronaldo obteve habeas corpus impedindo a abertura do seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.

Ronaldo Nogueira disse que não iria responder por se tratar de um assunto pessoal, mas o advogado poderia se quisesse se informar na Corregedoria. O defensor juntou aos autos documentos a respeito do referido processo.

Também foi perguntado ao investigador Ronaldo se ele sabia sobre as aspirações políticas do então investigador chefe Ivan Jerônimo, morto em março de 2011. Os defensores levantaram a tese de o vazamento das informações poderia ter cunho político. “Ivan nunca me falou sobre aspirações políticas”, declarou.

O advogado insistiu no assunto, o investigador rebateu dizendo que não se interessava por política por esse motivo não lia ou falava sobre o assunto.

O segundo e último depoimento do dia, foi uma testemunha preservada. De acordo com informações, a testemunha chegou descaracterizada ao Fórum, usando capuz, estava de cadeira de rodas e com a voz destorcida por um aparelho. Os réus, assistentes e a imprensa não puderam acompanhar o depoimento da testemunha.

A testemunha preservada teria admitido ser funcionário livre nomeado da Prefeitura de Taboão da Serra. Ela teria sido exonerada após seu primeiro depoimento, tendo voltado em seguida em um cargo superior ao que ocupava.

A testemunha também teria dito que a primeira que ela prestou depoimento foi devido a uma intimação, voltando outras três vezes por vontade própria.

Ao final do depoimento a identidade da testemunha já era conhecida pelos defensores, tanto que, o advogado Hoterge juntou aos autos cópia de documentos que comprovam a exoneração e nomeação da testemunha preservada.

Nesta quarta-feira, dia 23, acontece o terceiro dia do julgamento, com início às 10h.

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