Polícia investiga fraude em licitação para transporte escolar em SP
Polícia Civil de São Paulo investiga uma suspeita de fraude durante um pregão eletrônico de licitação, realizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, para contratação de transporte escolar para dois mil alunos na região de Taboão. O contrato é de R$ 500 mil. O caso aconteceu na última sexta-feira, dia 13, quando uma das empresas concorrentes apresentou documentos supostamente falsos. A Prefeitura de Taboão da Serra não participa do processo de licitação.
A equipe de avaliação do pregão constatou irregularidades em dois atestados de capacitação técnica da empresa Cristiano Caputti Locadora e Transporte. Em um dos papéis havia o timbre da Universidade Presbiteriana Mackenzie e assinado pelo funcionário Luiz Ribeiro. Mas, de acordo com o Mackenzie não há nenhum funcionário com este nome da instituição.
A Caputti também teria apresentado um atestado referente a serviço prestado à EMEI Chico Bento. Informação que foi negada pela Secretaria Municipal de Educação de Taboão da Serra.
Diante das evidencias, policias interromperam o pregão e retiraram os representantes da Caputti e os encaminharam ao 3º DP, em Campos Elíseos, em São Paulo, para registrar a ocorrência. O pregão foi suspenso e uma nova data será marcada pela Secretaria da Educação do Estado e divulgada no Diário Oficial.
Cristiano Caputti, dono da empresa, que está há 20 anos no mercado, declarou não ter conhecimento dos falsos documentos e que o departamento jurídico está analisando os papéis. E que os contratos foram firmados com os pais dos estudantes e atestados pelas instituições de ensino.
A Secretaria Estadual de Educação, que organiza o processo de licitação, informou que "uma escola só pode atestar se ela o contratou, se existiu uma prestação de serviços entre o ente que emitiu o atestado e a empresa".