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Polícia Civil prende três envolvidos no assassinato de professora

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Redação

02/09/2009 00:00
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A Polícia Civil de Taboão da Serra prendeu na semana passada os dois últimos envolvidos no assassinato da professora Roseli Passos, da rede municipal de educação. Três pessoas estão sendo acusadas pelo crime. As investigações do caso foram feitas com a ajuda da Polícia Científica que descobriu detalhes minuciosos que desvendaram a autoria do homicídio.
O crime que chocou a cidade aconteceu no dia 7 de agosto, quando a professora Roseli Passos desapareceu sem deixar pistas. Familiares logo desconfiaram do ex-namorado da vítima, Luis Carlos Santos, que por diversas vezes, segundo relatos feitos na delegacia, batia na professora e a ameaçava.

Foto: Jefferson Dias

O carro da professora: evidências levaram os culpados a confessar o crime

A investigação começou assim que o carro da vítima foi encontrado em uma rua no Jd. Leme com uma das janelas quebradas, no dia 9. O local onde o veículo foi encontrado é no mesmo bairro onde o ex-namorado de Roseli morava. Luiz Carlos disse que a vítima havia emprestado o carro para ele e que bandidos teriam tentado roubar o automóvel quebrando a janela.
“A família acusava o Luiz Carlos de uma forma muito veemente, mas nós precisávamos de provas para conseguir ter certeza que ele era o culpado e nós fomos atrás delas”, disse um investigador.

A partir das primeiras informações os policiais da delegacia de Taboão da Serra começaram com uma verdadeira investigação científica, usando o que existe de mais moderno. Através de detalhes como a presença de sangue no porta-mala do carro da vítima e também na torneira da casa do acusado, a polícia começou a juntar evidências que incriminavam Luiz Carlos.

Os policiais usaram um produto chamado Luminol, que mostra vestígios de sangue, por menores que sejam. Um pedaço do carpete do carro foi examinado com o produto, além de partes da lataria. As evidências levaram a Polícia Civil a pedir prisão preventiva do suspeito. A justiça aceitou e Luiz Carlos foi preso no dia 11.
O corpo da professora só foi encontrado no dia 13, em uma vala próximo a um pesqueiro em Embu das Artes. A vítima apresentava sinais de esganadura no pescoço e próximo ao seu corpo foi encontrado um pedaço de tecido, provavelmente usado para vendá-la. Durante a investigação, os policiais descobriram o mesmo tecido na casa do acusado.
Outra prova apontada é que no local do crime a polícia descobriu em um monte de areia, próximo de onde o corpo da professora foi jogado, marcas de pneus. Após um minucioso exame, ficou provado que as marcas eram do Palio da vítima.
Diante das evidências, Luiz Carlos teria confessado a autoria do crime, mas disse que sua intenção não era matar a ex-namorado, apenas assustá-la. A polícia descobriu também que outras duas pessoas participaram do crime. As investigações para prender a dupla demorou mais uma semana.

Na quinta-feira da semana passada, Gordinho e o menor de idade A., foram presos no Jd. Leme e confessaram que estavam junto com Luiz Carlos na hora do crime. O adolescente disse que Luiz Carlos tinha chamado os dois para dar “um susto” na professora e tentar “arrancar um dinheiro” dela. Mas as coisas saíram do plano do trio e Luiz Carlos, segundo o menor, teria esganado a professora até a morte.

Os trio está sendo acusado de homicídio e os três foram transferidos para o CDP de Itapecerica da Serra. A polícia não quis comentar sobre o caso.

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