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Polícia Civil prende assassinos que mataram PM na Vila Iase
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40 dias após a morte do PM Cosme Mota Macedo, a Polícia Civil de Taboão da Serra prendeu, após uma minuciosa investigação, dois acusados de terem assassinado o policial. O crime aconteceu em setembro na Vila Iase quando a vítima chegava em sua casa. O autor do disparo já foi identificado, mas continua foragido.
O crime chamou a atenção da população. No dia 11 de setembro, o PM voltava para sua casa dirigindo o seu carro, um Gol vermelho. Assim que ele chegou em sua residência, na rua Alfredo Schultz, na Vila Iase, três homens aboradaram a vítima. Armados, eles pediram a chave do carro.
Sistema de som da Audi que levou Vado até a delegacia: tática deu certo
O policial estava armado e assim que deixou o veículo, foi alvejado com um tiro na cabeça por um dos assaltantes. Ele morreu na hora. Os bandidos fugiram sem levar nada. Cosme era policial militar há 12 anos e trabalhava no 16º Batalhão, no Jaguaré. Morador de Taboão da Serra, Cosme era visto como uma pessoa simpática e muito prestativa pelos vizinhos. No dia do crime, a hipótese de vingança chegou a ser levantada como a principal suspeita.
O inquerito para apurar o homicídio foi instaurado imediatamente e a Polícia Civil da Delegacia de Taboão da Serra assumiu as investigações. Logo nos primeiros dias, uma informação foi decisiva para a solução do caso. Um homem em um Audi preto dava cobertura para os assassinos.
Após uma investigação que durou uma semana, os policiais conseguiram levantar a placa do carro, o proprietário e o seu telefone. Através de escutas telefônicas, autorizadas pela justiça, os policiais civis não tinham mais dúvidas, já sabiam quem era um dos criminosos que estava no dia.
Os policiais passaram a investigar um homem chamado Vado, morador do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. O suspeito circulava quase todos os dias por Taboão da Serra, Embu e Itapecerica. Em uma ação precisa, os policiais abordaram Vado na Estrada Kizaemon Takeuti e provocaram a ida dele até a delegacia para uma averiguação.
O potente conjunto de som da Audi chamou a atenção dos policiais, que conseguiram identificar o equipamento como produto de furto. Vado estava em maus lençóis, era acusado de receptação, mas a Polícia Civil investigava outro crime. Durante depoimento, os policiais perguntaram sobre o homicídio do PM Cosme.
Liberado pela polícia, Vado ligou para um dos comparsas e disse que “tinha sujado”. O que o acusado não imaginava era que suas ligações estavam sendo interceptadas pela Polícia Civil, que conseguiu identificar um rapaz de 22 anos, morador do São Judas, chamado Bruno, que também havia participado do crime.
Vado é acusado pela Polícia Civil de ter participado da morte do PM Cosme, na Vila Iase
Com os dois homens indetificados, a Polícia Civil foi para os endereços levantados durante a investigação e prendeu os acusados. Durante o interrogatório, os dois confessaram o crime. O terceiro integrante do bando, conhecido como Xurudes, é morador do Jd. Record e está sendo procurado pela polícia. “Segundo informações, foi ele que teria dado o tiro no PM”, disse um investigador.
A Polícia Civil está com informações que podem levar a prisão de Xurudes nas próximas horas. “Nâo podemos adiantar nada, mas a investigação leva a esses três homens”. O motivo do crime não foi vingança. Segundo o depoimento dos dois homens presos a intenção era roubar o Gol, já que Vado tinha um documento com as mesmas caracteristicas para clonar o veículo. Bruno e Xurudes iriam receber cerca de R$ 500,00 pela “encomenda”.