Polícia Civil já tem pistas sobre a morte de aluno no Embu
Menino de 9 anos é mort oapós ser baleado em escola particular de Embu
Pela perícia, a polícia já descobriu que a arma usada para matar Miguel foi um revólver calibre 38, o tiro foi dado a uma distância de menor do que cinco centímetros da vítima e o disparo foi feito de cima para baixo. Miguel estava no pátio pouco antes de ser baleado, ele foi chamado por outro colega de classe para pegar o seu material.
Nesta sexta-feira a Polícia Civil irá começar a ouvir os colegas de classe de Miguel. "Estamos colhendo provas. Todo mundo está sendo ouvido. Sabemos que foi um revolver calibre 38", afirmou o delegado Carlos Roberto Ceroni, do Setor de Homicídios da Seccional. A polícia irá periciar todas as mochilas dos alunos para procurar vestígios de pólvora.
Despedida
O corpo do estudante, Miguel Cestari Ricci dos Santos de 9 anos, baleado na quarta-feira, dia 29, dentro da sala de aula da Escola Adventista em Embu das Artes, foi sepultado nesta quinta-feira, às 16h30 no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na capital paulista. A escola amanheceu fechada e com uma faixa preta em sinal de luto, as aulas serão retomadas somente na próxima segunda-feira (4). Funcionários e pais de alunos estiveram no colégio hoje pela manhã, alguns não sabiam do cancelamento das aulas.
A mãe de Miguel, Roberta Cassio Cestari Ricci, teria descartado a familiares o filho tivesse sido ameaçado. "Não vejo como maldade, e sim, como uma fatalidade". O pai do garoto, Dênis Winston Ricci, estava inconsolável e chorou durante todo o velório. A irmã mais nova de Miguel, Mirela, de cinco anos, não foi levada ao enterro. "Ela adorava o irmão, era um herói para ela", contou a tia Rosa Ricci. Mais de 300 pessoas acompanharam o velório e o enterro da criança.
O incidente aconteceu ontem após o termino das aulas do primeiro período, professores e funcionários ouviram o barulho do tiro e em seguida encontraram o estudante baleado. Segundo informações, ele estava sozinho. Ele foi levado para o Hospital Family, em Taboão da Serra, mas não resistiu e morreu na mesa de cirurgia em decorrência de parada cardiorrespiratória e hemorragia.
Durante a madrugada a polícia técnica realizou duas perícias no colégio, a arma do crime ainda não foi encontrada e ninguém sabe quem foi o autor do disparo. A polícia suspeita que o autor do disparo seja um aluno, provavelmente da mesma idade. O tiro foi dado à queima roupa. Funcionários prestaram depoimentos na Delegacia de Embu, ontem à noite.
A família do estudante está inconformada com o ocorrido e cobra explicações da direção e professores do colégio. Segundo o advogado do colégio, Lélio Lellis, a direção irá prestar esclarecimentos no momento certo, pois ainda não há nada de concreto, e que vão dar toda assistência à família.