PF faz operação em ONG que atuava em Taboão da Serra
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Por Nely Rossany, da Gazeta SP
Na terça-feira, a Polícia Federal juntamente com a Controladoria Geral da União (GCU) cumpriram sete mandados de busca e apreensão na sede ONG Bola pra Frente Brasil, em Jaguariúna, que atuou em diversos municípios do Estado de São Paulo, inclusive Taboão da Serra. A Polícia apreendeu documentos relacionados ao desvio de recursos públicos recebidos do Programa Segundo Tempo.
Segundo a PF, a instituição recebeu do Governo Federal entre 2007 e 2011, em torno de R$ 30 milhões além da contrapartida dos municípios Batatais, Guarujá, Itapira, Iracemópolis, Ibaté, Marília, Pedreira, Presidente Prudente, Oswaldo Cruz, Ourinhos, Sumaré, Taboão da Serra e Tuiuti, calculada no montante de R$ 3,5 milhões.
Foto: Arquivo do Portal O Taboanense
Evilásio ao lado da ex-jogadora Karina, que presidia a Ong na época da assinatura de contrato com a prefeitura de Taboão da Serra
De acordo com o site da TV Bandeirantes, as investigação apontam que a ONG deveria desenvolver atividades esportivas educacionais e atender a cerca de 18 mil crianças, adolescentes e jovens, porém, além do número substancialmente menor de beneficiados, não forneceu os serviços e materiais esportivos em qualidade e quantidade que declarava. Além disso, alguns dos locais de busca são de endereços residenciais em que foram estabelecidas empresas de fachada, fornecedoras que receberam milhões de reais da ONG.
Taboão
A ONG Bola Pra Frente atuou em Taboão da Serra de 2006 a 2010 e chegou a atender cerca mil crianças pelo programa Segundo Tempo. Paralelo à atuação da instituição, o programa chegou a 10 mil crianças atendidas, que praticavam esportes nas escolas, quadra se núcleos esportivos em vários bairros da cidade nos horários alternativos da escola. De acordo com a prefeitura, o Programa superou as expectativas e foi destaque na área de esporte.
Em outubro de 2011, após a ONG ser alvo de denúncias, o então secretário de Esporte, Luiz Lune em entrevista ao Portal O Taboanense, diz que nunca teve problema com a ONG. O repasse mensal para a ONG, de acordo com a reportagem era de R$ 15 mil. O valor incluía lanches, uniforme e a contratação dos professores.
Depois que o Ministério do Esporte rompeu contrato com a ONG, O projeto Segundo Tempo continuou, mas com convênio direto com o Ministério de Esporte. O programa hoje atende cerca de mil crianças e termina em setembro próximo, de acordo com a Secretaria de Esportes.
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