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Passado e futuro da enfermagem

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Redação

11/05/2011 00:00
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A origem das atividades da enfermagem foi fundada na compaixão e na solidariedade humana, características essenciais ao bom profissional da enfermagem, ontem, hoje e sempre, mas não o suficiente para a boa assistência da enfermagem.

A prática atual deve basear-se também em conhecimentos científicos, em uso de tecnologia, em processos organizacionais e de divisão de trabalho complexos, sendo que também desses itens irão depender o atendimento eficiente ao paciente.

Foto: Eduardo Toledo

Deputada Estadual Analice Fernandes

Somos segundo dados de 2007 do IBGE, 126 mil e 500 enfermeiros em todo o Brasil, cerca de 40 mil no estado de São Paulo, número ainda insuficiente para suprir a demanda de saúde do Brasil e do nosso Estado.

Como deputada, temos empreendido uma série de ações para melhorar as condições de trabalho da enfermagem e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos a população.

Em 2005, um Projeto de Lei nosso foi decisivo para que o governo do Estado, aprovasse a autorização para que os enfermeiros e auxiliares de enfermagem pudessem também fazer plantões nas unidades estaduais. O que até então era permitido apenas aos médicos.

Em 2009, fizemos uma indicação para que o governo do Estado siga os parâmetros determinados pelo Conselho Federal de Enfermagem – COFEM – através da resolução nº 293/2004, no funcionamento das unidades de saúde.

Estes parâmetros determinam o quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de enfermagem para a cobertura assistencial, dependendo da complexidade do serviço prestado pela unidade de saúde estadual.

Um quadro de pessoal sub-dimensionado leva inevitavelmente à queda na qualidade da assistência prestada, com prejuízos e riscos para o doente e sobrecarga e sacrifícios para o profissional.

Temos que cuidar não apenas da qualidade da formação e da capacitação dos profissionais da enfermagem, como também de sua adequada quantidade e distribuição no ambiente hospitalar. Haja vista, os últimos acidentes ocorridos e amplamente noticiados pela imprensa.

Temos também travado uma luta cotidiana para que haja a criação do cargo de técnico de enfermagem na estrutura de saúde do Estado. Este é um dos nossos maiores objetivos.

Precisamos colocar em pauta o papel exercido pela enfermagem. Como melhorar as condições de trabalho para o profissional da enfermagem e como melhorar as questões da assistência para os pacientes.

A solução me parece unir as características iniciais da nossa profissão, ao aprimoramento trazido pelo desenvolvimento tecnológico e da medicina.

Analice Fernandes
Enfermeira e deputada Estadual

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