Paixão de Cristo leva 20 mil pessoas ao centro de Taboão da Serra
A 58ª edição da Paixão de Cristo foi um dos espetáculos mais emocionantes dos últimos anos. E a emoção tomou conta principalmente do elenco, que durante os ensaios teve que lidar com a morte do ator Mario Pazzini, um ícone do teatro de Taboão da Serra e o acidente envolvendo a jovem Natasha Marques, atriz que nos últimos anos sempre atuou com destaque na encenação.
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E toda emoção que o elenco carregou na apresentação pode também ser sentida pelo público estimado em 20 mil pessoas, que se reuniram nos dois atos do espetáculo que começou em frente ao Parque das Hortênsias e terminou com uma grande celebração no Morro do Cristo. “Sempre venho e sempre é lindo, fico emocionada com a história e com a interpretação dos atores que deixam a gente com o coração na mão”, disse Jacira Borges, moradora do Pq. Assunção.
A Encenação da Paixão de Cristo, como já é tradição nos últimos 13 anos, teve início no Parque das Hortênsias, mas antes uma procissão reuniu centenas de fiéis que saíram do Santuário Santa Terezinha. No palco de 468m², Monsenhor Aguinaldo deu início as celebrações e a liturgia do evento. Diversas músicas foram executadas pela banda. O estacionamento do Parque das Hortênsias já estava tomado pelo público.
Por volta das 19h40 teve início o espetáculo. Neste ano, cerca de 70 atores e figurante se revezaram na encenação que durou mais de três horas, dividida em quatro atos. O primeiro ato mostrou o início da jornada de Jesus, passou pela “delação” de Judas Iscariotes e terminou com a coroação de espinhos.
O calvário de Jesus carregando a cruz e sendo açoitado foi um dos mais emocionantes e onde o público tem a chance de ficar mais próximo dos atores. Muitos caminhavam cantando hinos religiosos e iluminavam o percurso carregando velas. “Esse é o quinto ano que participo e sempre fico emocionado com a apresentação, é tudo muito real, a vida de Jesus é conhecida por todos”, disse o vendedor Jonas Pereira, morador do Jd. Maria Rosa.
Grande parte do público já esperava em frente ao morro do Cristo para os atos finais do espetáculo. Uma multidão tomou conta das ruas laterais e também nas vias de cima do morro. E foi ali que os dois últimos atos emocionaram o público. A crucificação de Jesus e logo em seguida a sua ressurreição encerraram a 58ª edição da Paixão de Cristo em Taboão da Serra.
O prefeito Fernando Fernandes acompanhou a encenação da Paixão de Cristo do começo ao fim e ressaltou a emoção do espetáculo. “É muito emocionante, é uma festa grandiosa que faz parte do calendário da cidade e a gente quer que tudo dê certo. Quando caba a celebração, é como o dever de situação cumprida. Esse ano eu gostei muito, no final um telão apresentou um problema, mas logo foi resolvido, mas foi tudo muito emocionante, muito bonito”.
O secretário de Turismo e Cultura, Laércio Lopes, elogiou as inovações realizadas neste ano durante o espetáculo. “Foi maravilhoso, as mudanças deram mais agilidade ao texto, gostei dessas novidades. Queria parabenizar todos que estiveram envolvidos de uma forma ou de outra na realização da encenação”.
Monsenhor Aguinaldo, um dos responsáveis pela encenação e pela celebração da Paixão de Cristo na cidade disse que “celebrar a Paixão de Cristo é sempre uma to de muito amor, onde revivemos aquilo que é o grande marco da história da humanidade que é a morte de Jesus por amor aos seres humanos, onde Deus manifesta seu grande amor a todos nós. Celebrar a Paixão sempre atual, um convite a todos para que sejamos pessoas melhores, seguir o evangelho, amar a Deus, amar ao próximo”.
Os vereadores Eduardo Nóbrega, Érica Franquini, Cido e Ronaldo Onishi, além da deputada estadual Analice Fernandes também prestigiaram o evento.
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O espetáculo mais tradicional de Taboão da Serra, a Encenação da Paixão de Cristo, mais uma vez emocionou o público que compareceu em grande número ao evento. A organização do evento estima que cerca de 20 mil pessoas assistiram a encenação que chega a sua 56ª edição, cada vez mais renovada. Os atores dedicaram o espetáculo ao criador da Paixão na cidade, Manoel da Nova e ao ator Agenor Lucena, que atuou por 12 anos, ambos morreram recentemente.
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O dia foi de celebração para os católicos. Às 16h, uma procissão saiu do Santuário Santa Terezinha e percorreu as ruas do Centro da cidade. Por volta das 17h30, os fiéis chegaram ao palco principal da Encenação da Paixão de Cristo, em frente ao Parque das Hortênsias. Durante quase duas horas houve uma apresentação com música e louvores.
Foto: Eduardo Toledo
Encenação da Paixão de Cristo deste ano foi uma das mais emocionantes dos últimos tempos
Nos bastidores, antes do início da encenação, a emoção dominou todo elenco. Com a morte do ator Agenor Lucena, uma das figuras mais emblemáticas da Paixão de Cristo, que faleceu na última terça-feira, os atores e figurantes se reuniram no Cemur onde rezaram e dedicaram a encenação deste ano ao “Seu Agenor”.
Outra homenagem prestada pelo elenco e pela direção do espetáculo foi em memória de Manoel da nova, que há 56 anos criou a encenação da Paixão de Cristo, antes mesmo da emancipação da cidade. “O Seu Manoel da Nova era uma figura espetacular, o responsável por tudo isso. Todos nós dedicamos essa encenação a ele”, disse Wladimir Raeder, responsável pelo Centro Histórico da cidade.
O espetáculo apresentou algumas inovações, principalmente no figurino e no cenário, O enredo seguiu praticamente o que havia sido definido no ano passado, quando houve uma grande reformulação. Ao todo, 120 atores e figurantes participaram da encenação. O elenco, esse sim, sofreu uma grande renovação e muitos atores estrearam neste ano. “Todo esse processo é uma dificuldade, mas acho que o resultado foi muito bom”, disse o ator Heric Alvarez, que representou Cristo pela segunda vez consecutiva.
A primeira parte da encenação durou cerca de uma hora e meia e contou a vida de Jesus Cristo até o momento em que ele é condenado a crucificação. O calvário de Jesus reuniu cerca de duas mil pessoas que participaram cantando e com velas acessas. “Venho desde que eu era menina, acho muito emocionante, a interpretação dos atores é emocionante”, disse Vera Martins, de 43 anos.
Foto: Eduardo Toledo
Espetáculo durou quase quatro horas e reuniu 20 mil moradores
A chegada ao Morro do Cristo marca o início do segundo ato, o mais emocionante para o público. Nesse momento, Cristo é crucificado e os soldados romanos zombam e questionam: “Onde está seu Deus?”. Em seguida, seu corpo é lavado e, no apogeu da encenação, Cristo. A dramacidade da cena culmina com uma grande queima de fogos, que leva o público as lágrimas.
Para o secretário de Cultura, Luis Domingues, o espetáculo deste ano ganhou muito na parte técnica, apesar dos diálogos terem sido previamente gravados, a sincronia dos atores fez com que a encenação ganhasse mais emoção. “Foi uma medida que utilizamos e que deu muito certo, neste ano tivemos uma técnica perfeita”, lembra.
O ator Heric Alvarez também elogiou o espetáculo. “Foi muito bom, a gente ensaiou bastante, tivemos algumas dificuldades, mas o resultado final foi bonito, emocionante. Estou à flor da pele, foi realmente inesquecível”.