Os bastidores da Operação que apreendeu mais de R$ 2 milhões em drogas
No fim do ano passado a Polícia Civil de Taboão da Serra realizou uma das operações de combate ao tráfico de drogas mais espetaculares dos últimos tempos na região. Os bastidores dos nove meses de investigação que terminou com a prisão de 36 pessoas acusadas de tráfico e outros crimes, além de uma série de apreensões que totalizaram mais de 1,4 mil quilos de maconha foram revelados agora.
O desfecho da operação batizada de Termopylae, que começou em março deste ano, terminou com a apreensão de 700 quilos de maconha que seriam distribuídos em Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e região. Segundo a polícia, um dos chefes do tráfico na região, Cleanto Passos dos Santos, foi preso na operação.
A investigação foi liderada pelo chefe dos investigadores Luis Ledenis Peniche e contou no desfecho com uma mega operação que evolveu 140 policiais e 70 viaturas. “Foi um trabalho de inteligência e persistência, era uma quadrilha muito organizada, mas conseguimos prender grande parte dos integrantes, além de apreende uma quantidade grande de entorpecente”.
O valor da droga apreendida está avaliada em quase R$ 2 milhões. A primeira apreensão aconteceu julho, quando através da investigação os policiais descobriram que um homem iria embarcar um ônibus, rumo ao interior, com duas malas carregadas com 70 quilos de maconha. “Prendemos ele na rodoviária Tiête, mas a quadrilha não podia desconfiar que eles estavam sendo investigados, por isso não ouve divulgação”, afirmou Peniche.
Depois da primeira apreensão, a Polícia Civil ainda apreendeu 79 quilos em Pirassununga, 49 quilos em Cotia e meia tonelada em Cerqueira César. “Tivemos o apoio de policiais de todas essas cidades, foi uma operação bem sucedida, nada vazou, tudo ficou entre a gente e o Ministério Público e os juízes de Taboão da Serra”.
Para o delegado Gilson Campinas Leite a operação foi uma das mais bem sucedidas da sua carreira de 25 anos na polícia. “É um trabalho que foi desenvolvido por uma equipe reduzida, seis policiais que se dedicaram de uma maneira ininterrupta. Foi um trabalho homérico. E o Ministério Público esteve do nosso lado, a Seccional também, foi um trabalho de grupo muito bem executado”.
Trabalharam na operação os investigadores Dantas, Pegoraro, Eduardo, Fred, Ramon e Menami sob o comando de Peniche e com supervisão do delegado Gilson Campinas Leite.