MTST protesta na Câmara Municipal contra mudanças do Plano Diretor
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A primeira sessão da nova legislatura de Taboão da Serra foi marcada por muita confusão. Uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) causou correia e embate com a Guarda Civil Municipal, que fazia a segurança do prédio. A GCM usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes. O movimento não quer que haja mudanças no zoneamento de áreas destinadas a construção de moradias populares.
Os manifestantes chegaram em grande número na Câmara Municipal. O presidente da Casa, Eduardo Nóbrega, limitou o número de pessoas dentro do plenário por questão de segurança. “Aqui é a casa do povo, mas não podemos colocar em risco a integridade de ninguém por causa de uma superlotação”.
Foto: Léo Fernandes
Um forte esquema de segurança foi montado para evitar qualquer quebra-quebra
O acordo foi bem aceito pelos manifestantes, cerca de 120 entraram no plenário e quase 200 ficaram do lado de fora. Com a segurança reforçada, a sessão fluía normalmente, até a suspensão dos trabalhos para a escolha das comissões permanentes da casa. A votação interna aconteceu fora do plenário.
Os manifestantes começaram a cantar e entoar gritos, muito começaram a dançar dentro do plenário, fazendo uma espécie de “trenzinho” enquanto a sessão ainda estava suspensa. O tumulto começou quando as portas do plenário, que estavam fechadas, foram abertas por manifestantes que estavam do lado de fora e invadiram o plenário.
A GCM quis impedir a entrada dos manifestantes e um tumulto começou na parte de trás do plenário. Depois de muita confusão e empurra empurra a GCM acabou usando gás de pimenta para afastar os manifestantes. Pelo menos duas pessoas do MTST desmaiaram na confusão. Os líderes do movimento impediram que houvesse um contra ataque, terminando a confusão depois de quase 20 minutos.
O projeto que estava em pauta nem chegou a ser apreciado pelos vereadores, um acordo jogou a proposta para a próxima quarta-feira, 14h30, quando acontece uma nova sessão extraordinária. O movimento deve estar novamente na Câmara Municipal para acompanhar a votação.