MTST promete luta contra empreendimento “burguês”
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Os reflexos da votação da Câmara Municipal na última terça-feira, dia 18, que alterou o zoneamento em quatro áreas de Taboão da Serra promete dar muito que falar. A mais polêmica das alterações transforma o terreno de 80 mil metros quadrados, que já foi invadido pelo MTST, no Jd. Helena, em Zona Residencial. Antes da alteração, o local era destinado para construção de moradias populares.
Na sexta-feira, dia 14, o líder do MTST na região, Guilherme Boulos, disse durante manifestação do grupo que já sabia da alteração que beneficia grandes construtoras e prometeu que o movimento irá lutar contra “qualquer empreendimento burguês que seja construído no terreno”. Na próxima terça-feira, dia 25, o MTST planeja uma grande manifestação na cidade.
Foto: Eduardo Toledo
Guilherme Boulos que defende que o terreno seja destinado para famílias carentes
Boulos também disse que o MTST não vai aceitar que o terreno, onde o movimento queria que fosse construído um conjunto habitacional do CDHU seja usado para outro fim. “Não vai ser erguido um apartamento para a burguesia naquele lugar. Eles colocaram muro, mas a picareta foi inventada para isso, para derrubar muros”, ameaçou.
O líder do movimento ainda afirmou que, caso seja mesmo construído um condomínio no local, os integrantes do MTST vão invadir o local. “Vamos esperar ficar pronto, colocar piso e o acabamento, daí vamos invadir. Vamos invadir e vamos usar a piscina e fazer um churrasco. Vamos ser a mosca na sopa deles”.
De acordo com Boulos, a prefeitura estaria beneficiando grandes construtoras. “Essa prefeitura levou e não foi pouco não. Levou muito dinheiro para liberar um empreendimento como este”, disse. Apesar não haver nenhuma placa e nem mesmo projetos sobre a construção de um condomínio de alto padrão no local o terreno foi todo murado.