Movimentos sociais pedem agilidade em liberação de obra
Cerca de 100 integrantes de movimentos sociais ligados a habitação realizaram um protesto na noite desta terça-feira, dia 8, na praça Nicola Vivilechio. As Associações de Moradia Família Feliz e Bem Viver pedem que a prefeitura libere o alvará de construção para o início das obras de um conjunto habitacional no Jd. Salete que irá atender 500 famílias.
Segundo Lucélia Santos, uma das líderes do movimento, a liberação do alvará de construção é necessário para o início das obras. “Em janeiro deste ano foi prometido que seria feita a liberação. Ele [prefeito Fernando Fernandes] disse que era para a gente dar a entrada nos documentos que em um mês o alvará estaria liberado. A gente acreditou, mas já faz nove meses e não saiu nada”.
Por telefone, o prefeito Fernando Fernandes disse a reportagem do Portal O Taboanense que iria verificar o motivo do atraso e que receberia o movimento ainda essa semana em seu gabinete. “Realmente não sei o motivo da demora na liberação, vou verificar e vamos agilizar isso. Vamos marcar uma reunião ainda nesta semana com os dois movimentos para chegarmos a uma solução o mais rápido possível”, afirmou.
Após uma assembleia na praça, a maioria dos integrantes decidiram realizar um protesto na frente da casa do prefeito. Em marcha eles saíram a pé até próximo a prefeitura de Taboão da Serra, onde a GCM impediu que a manifestação fosse realizada. “Pode protestar, todos tem esse direito, mas temos que manter a segurança”, disse um GCM que pediu para não ser identificado.
A expectativa do grupo era que o alvará fosse liberado no último dia 4, a manifestação era, no princípio, uma festa de comemoração. “A gente estava aqui para comemorar, mas fomos pegos de surpresa, porque não liberaram o alvará. Agora vamos conversar entre nós para decidir o que vamos fazer daqui pra frente”.
Entenda o caso
As Associações de Moradia Família Feliz e Bem Viver vem lutando pela construção do conjunto habitacional Santa Terezinha III que irá atender 500 famílias com renda de até R$ 1.600. Segundo Terezinha Silva Genoário, o terreno já foi adquirido pelos integrantes dos movimentos e o dinheiro para a construção já está disponibilizado.
“Cada unidade irá receber R$ 76 mil do Governo Federal e outros R$ 20 mil do Governo Estadual, precisamos apenas do alvará para dar início nas obras. Essas famílias vivem de aluguel, de favor, e precisam que essas obras comecem o mais rápido possível”, afirmou Terezinha.
O terreno adquirido pelos movimentos fica na rua Isabel Soraia Mainardes, no Jd. Salete e tem mais de 9.700m². O prédio terá 20 andares e cada apartamento 60 m² com varanda e área de lazer. Uma nova assembleia será realizada no dia 24.