Movimento Passe Livre fará hoje manifestação em Pinheiros
Com informações de Daniel Mello, da Agência Brasil
O Movimento Passe Livre (MPL) divulgou os trajetos dos dois protestos contra os aumentos das tarifas do transporte público convocados para as 17h desta quinta-feira, dia 14, na capital paulista. Uma das manifestações acontece na região de Pinheiros, o que deve refletir no trânsito para motoristas que voltam para Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica.
O trajeto da manifestação foi divulgado pelo MPL através de sua página no Facebook. O protesto começa no Largo da Batata, depois segue pela Avenida Faria Lima, passa pela Praça Panamericana, cruza a ponte da Cidade Universitária, pega a Avenida Vital Brasil e termina no Metrô Butantã.
Os representantes do movimento não compareceram hoje à reunião marcada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para tratar do trajeto das manifestações. Além de integrantes do MP-SP, participaram do encontro representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da prefeitura de São Paulo. A ideia do MP-SP era mediar uma conversa entre os manifestantes e as autoridades, de modo a chegar a um acordo sobre os trajetos dos protestos.
Este será o terceiro dia de protestos desde que as passagens de ônibus e metrô foram reajustadas de R$ 3,50 para R$ 3,80.
O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, reiterou que o direito à manifestação está garantido, desde que seja feita a prévia comunicação e com a proibição do porte de armas. “Deve haver prévia comunicação para que as autoridades de trânsito, transporte e segurança possam adequar o local para garantir o direito de milhões de transitarem livremente e não serem prejudicados. Se não formos comunicados sobre o trajeto, vamos delimitar o local”, reafirmou.
Na manifestação convocada pelo MPL na terça-feira (12), o protesto foi reprimido antes de deixar a concentração na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, região central da capital. Os manifestantes pretendiam seguir até o Largo da Batata, zona oeste, passando pelas avenidas Rebouças e Faria Lima. No entanto, o policiamento autorizou a manifestação apenas em direção ao centro.
Por volta das 19h30, parte dos manifestantes tentou driblar o forte policiamento para seguir em direção ao Largo da Batata, correndo no sentido da Avenida Rebouças, momento em que a polícia começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e a bater com cassetetes nos manifestantes.
De acordo com o movimento, pelo menos 20 manifestantes foram feridos por estilhaços de bombas e balas de borracha e precisaram ser encaminhados a hospitais da região. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) coletou nove relatos de jornalistas agredidos pelas forças policiais enquanto faziam a cobertura do protesto.