Ministério da Saúde deixou de repassar R$ 3,6 milhões para custeio da UPA
Inaugurada em dezembro de 2013, a UPA Akira Tada ainda causa uma grande discussão entre a prefeitura de Taboão da Serra e o Ministério da Saúde. A unidade recebeu cerca de R$ 2,6 milhões de investimento do Governo Federal para a construção da unidade, mas o repasse do custeio ainda não começou segundo a secretária de saúde Dra. Raquel Zaicaner.
De acordo com a médica, Taboão da Serra está investindo R$ 1,2 milhão por mês para custear o funcionamento da unidade. A prefeitura insiste que o Governo Federal repasse metade desse valor, mas até agora o impasse continua. Pelos cálculos da secretária de saúde, Taboão da Serra teria que receber R$ 3,6 milhões relativos ao primeiro semestre de funcionamento da UPA.
Para Raquel Zaicaner, Taboão da Serra é uma das poucas cidades da região que estão com a UPA em funcionamento. “ Somos o único município que teve coragem de inaugurar a UPA, até porque não está vindo mesmo o repasse financeiro do Governo Federal e os assessores do ministro deixam claro pra gente que não vem o repasse. Agora, talvez, consiga o primeiro dinheiro, R$ 250 mil. Mas, nesse primeiro momento, não vai vir o retroativo. Eles dizem que tem um compromisso de pagar o retroativo, mas até agora isso não veio”.
Segundo a secretária, a unidade é considerada como se fosse um equipamento de saúde municipal. “O Ministério da Saúde investiu R$ 2,6 milhões nas obras. Nós já investimentos R$ 3 milhões com compra de equipamento, imobiliário e adequação. Nós já investimos mais e estamos bancando R$ 1,2 milhão por mês de custeio, metade disso caberia ao Ministério, eles deixaram de repassar mais de R$ 3,6 milhões. Então hoje a UPA é municipal, não tem como considerar um equipamento federal”.
A secretária disse que um possível rompimento com o Governo Federal não está descartado. “O prefeito é muito claro e republicano. Ele reconhece o que foi feito e nós temos a esperança que o Ministério faça o repasse ao município. Não queremos fazer bravatas políticas. Taboão da Serra precisa desse repasse de R$ 600 mil por mês, permite que se invista muito mais em saúde. Por isso a gente não rompe com o Ministério e não para de usar a marca UPA. Temos a esperança que esse repasse será feito para a gente poder avançar mais”.