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Maioria do esgoto coletado na região não é tratado

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Redação

02/11/2011 00:00
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Por Nely Rossany, da Gazeta SP

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente pesquisa mostrando que metade dos municípios do Brasil não tinha rede de esgoto em 2008 e que do total coletado, só 68% passa por estações de tratamento antes de ser descartado. Na região, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Taboão da Serra acompanham essa estatística e os números são alarmantes.

Dados da Sabesp apontam que em Embu das Artes, cidade com cerca de 240 mil habitantes, só 52% do esgoto é coletado e desses, 55% é tratado. Em Itapecerica, município com áreas de mananciais e de proteção ambiental, o número é ainda menor, somente 10% do esgoto é tratado e apenas 57% recebe tratamento. Taboão da Serra, com 250 mil habitantes é o que tem a porcentagem maior de coleta, 80%, mas desses, porém, só 20% do esgoto é tratado. 

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

No Jardim Magali em Embu, o esgoto corre á céu aberto

Segundo a Sabesp, a coleta e tratamento de esgoto na região devem alcançar os 100% em 2018 e há diversas obras previstas nas três cidades. Só em Taboão da Serra serão investidos cerca de R$ 10 milhões com a implantação de coletores troncos Pirajuçara e Joaquim Cachoeira.

Em Itapecerica, onde a situação é mais crítica, há cinco minutos da sede da Prefeitura no Jardim Sampaio, é possível ver muito lixo e esgoto no córrego. Até 2014, a Sabesp tem um cronograma de obras na cidade como a implantação de coleta de esgoto nos bairros das subbacias Mombaça-Crispim, na região do Jardim Jacira e implantação de coletor-tronco no Bairro Jardim Branca Flor.

“Através do Projeto Tietê já está em execução a implantação de coleta de esgoto nos bairros Potuverá, remanescente do Mombaça, no Vale da União e Jardim Julia, e Jardim Campestre, com previsão de conclusão até julho de 2013”, informou a concessionária.
 
Em Embu das Artes, a situação não é diferente, no bairro Jardim Magali o esgoto corre a céu aberto e leva risco aos moradores. A Sabesp informou que lá e também em São Donato, Isis Cristina, São Francisco e Santa Rita já existem obras para implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário. Itatuba, Capuava, Colibri e Jd. Tomé, que atualmente não tem coleta e, nem tratamento de esgoto, devem receber obras a longo prazo com previsão de término até 2018. De acordo com a Sabesp, em parceria com a Prefeitura já estão em andamento a despoluição dos córregos da avenida São Paulo, no Centro, e o córrego Guaçú, no bairro Engenho Velho.   

Plano Municipal de Saneamento

Cada cidade está elaborando ou já elaborou como é o caso de Embu das Artes, o seu Plano Municipal de Saneamento Básico que tem como objetivo diagnosticar e orientar a política de saneamento a partir da análise da situação atual e estabelecer as diretrizes gerais para a expansão e qualificação dessa infraestrutura para os próximos anos. Através do Plano, as prefeituras podem cobrar ações efetivas da Sabesp e estabelecer prioridades. 

Em Taboão da Serra, o Plano está sendo elaborado em conjunto com a população através de reuniões e encontros promovidos pela Prefeitura. De acordo com a Secretaria de Obras e Infraestrutura, “no Plano, há a diretriz de cobrar periodicamente as metas apresentadas pela concessionária [Sabesp], e caso essas metas não sejam atendidas, existe a possibilidade de a empresa sofrer sanções da Prefeitura”, informou a Assessoria de Imprensa.

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

Córregos como o Joaquim Cachoeira estão sendo canalizados em Taboão

Nas áreas de ocupações irregulares, como é o caso do bairro chamado de Osvaldinho, as obras para a chegada de água e esgoto ainda estão em fase de implantação e nas ruas é possível ver ligações clandestinas para o abastecimento das casas. Logo na entrada do bairro, as obras de canalização do córrego Ponte Alta chamam atenção e fazem parte de convênio com o Governo Federal que deve canalizar todos os córregos de Taboão da Serra através de um investimento de R$ 100 milhões.   

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