Juíza eleitoral rebate declaração de Aprígio sobre possível fraude nas eleições
Após declaração polêmica do candidato do PSD, José Aprígio, sobre possível fraude nas urnas de Taboão da Serra e "manipulação" de resultado na eleição municipal do dia 2, a juíza eleitoral encaminhou uma nota à imprensa afirmando que, as urnas foram protegidas pela Polícia Militar e não pela GCM, como disse Aprígio. E que "as urnas eletrônicas são 100% confiáveis".
A juíza da 416ª Zona Eleitoral, Dra. Carolina Conti Reed, ainda informou que “a distribuição das urnas eletrônicas aos locais de votação deu-se somente em 1 de outubro, véspera da eleição, a partir das 08h. Neste dia, as urnas foram deslocadas para cada local de votação onde já se encontravam de prontidão policiais militares. Os PM’s permaneceram no local até o início de votação no domingo, às 08h”.
Ainda de acordo com a juíza, “o único apoio recebido pela GCM foi no cartório eleitoral durante o período da votação, momento em que as urnas eletrônicas já estavam nas escolas, e não mais no cartório”.
Leia na íntegra nota encaminhada à imprensa
Em resposta às declarações do candidato José Aprígio da Silva sobre possível fraude nas Eleições Municipais que ocorreram no último dia 2, a juíza da 416ª Zona Eleitoral, Dra. Carolina Conti Reed, informa que as urnas eletrônicas jamais estiveram sob a vigilância da Guarda Civil Municipal.
Nesta 416ª Zona Eleitoral, o trabalho de preparação das urnas para o pleito iniciou-se em 22 de setembro, com a cerimônia de geração de mídias, carga e lacração das urnas. Ainda que divulgada e pública, não contamos com a visita de nenhum candidato, partido ou coligação durante os trabalhos.
A distribuição das urnas eletrônicas aos locais de votação deu-se somente em 1 de outubro, véspera da eleição, a partir das 08h. Neste dia, as urnas foram deslocadas para cada local de votação onde já se encontravam de prontidão policiais militares. Os PM’s permaneceram no local até o início de votação no domingo, às 08h, quando, por força da legislação, se deslocaram para a distância mínima de 100 metros da seção eleitoral, permanecendo nas redondezas.
Toda o esquema de segurança da eleição foi cuidadosamente planejado em reunião com os representantes da Polícia Militar. Em nenhum momento, as urnas eletrônicas ficaram sob a vigilância da Guarda Civil Metropolitana. O único apoio recebido pela GCM foi no cartório eleitoral durante o período da votação, momento em que as urnas eletrônicas já estavam nas escolas, e não mais no cartório.
Mesários
Quanto à alegação de que mesários, ao chegarem nas escolas se depararam com urnas já abertas na seção eleitoral correspondente, o ato se deu por orientação do próprio cartório eleitoral. O importante aqui é esclarecer que o deslocamento das urnas para a seção eleitoral foi realizada por funcionários da Justiça Eleitoral ou por auxiliares nomeados pelo Juízo Eleitoral para este fim. Buscamos auxiliar os mesários e facilitar o seu trabalho.
No entanto, as urnas estavam desligadas e coube somente ao presidente de cada seção eleitoral ligar o equipamento e imprimir a zerésima, que inclusive poderia ter sido assinada pelos fiscais de partidos presentes no local.
Segurança das Urnas Eletrônicas
A segurança do sistema eletrônico de votação é feita em camadas. Por meio de dispositivos de segurança de tipos e com finalidades diferentes, são criadas diversas barreiras que, em conjunto, não permitem que o sistema seja violado. Em resumo, qualquer ataque ao sistema causa um efeito dominó e a urna eletrônica trava, não sendo possível gerar resultados válidos.
Por fim, este Juízo Eleitoral reafirma que as urnas eletrônicas são completamente seguras e invioláveis. Para exemplificar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, às vésperas da eleição, a Secretaria de Tecnologia da Informação registrou, em média, 200 mil tentativas por segundo de quebrar o sistema de segurança de comunicação da Justiça Eleitoral. Todas as tentativas de hackers foram frustradas, o que comprova que as urnas eletrônicas são 100% confiáveis.