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O pacato Jd. Maria Rosa foi palco de uma batalha entre manifestantes do sindicato dos marceneiros de São Paulo e a Polícia Militar, nesta sexta-feira, dia 25. A confusão começou entre os próprios sindicalistas, que estão divididos em dois grupos. A Polícia Militar interveio na confusão e os manifestantes atiraram rojões contra a PM, que revidou com bombas de efeito moral.
Cerca de 400 pessoas ligadas ao sindicato dos oficiais marceneiros de São Paulo foram até a rua Elpídio José de Oliveira, no Jd. Maria Rosa, onde estava marcada a assembléia para a eleição da diretoria de um novo sindicato da mesma categoria. Manifestantes contrários a criação foram protestar no local. Um outro grupo, favorável a criação, impediu a entrada dos manifestantes.
Foto: Eduardo Toledo

Polícia Militar monta cerco para impedir avanço dos manifestantes
Veja mais fotos do confronto dos sindicalistas com a Polícia Militar
A votação estava marcada para às 18h, mas desde às 15h centenas de manifestantes ocupavam a rua. O clima era de tensão entre os dois grupos e enquanto os favoráveis a criação do sindicato impediam a entrada de qualquer pessoa no prédio onde seria realizada a votação, os manifestantes fechavam a passagem de veículos no local.
A Polícia Militar mantinha mais de seis viaturas em pontos estratégicos, mas o número de manifestante e o clima tenso já previa um desfecho trágico para a assambléia. Os PMs receberam uma denúncia que dentro do prédio havia dezenas de paus e rojões. Os policiais tentaram entrar, mas sem autorização judicial não tiveram permissão. Alguns tacos de madeira foram entegues voluntariamente pelos sindicalistas.
Por volta das 18h30, os manifestantes trocaram alguns empurrões. Foi o estopim para o início da guerra. Os dois grupos passaram a atirar rojões uns nos outros. Houve corre corre e muitas pessoas cairam no chão. Os carros que circulavam pela rua Cesário Dáu tiveram que dar meia volta por causa do confronto. A rua ficou completamente esfumaçada e os vizinhos fecharam as janelas e os comércios em volta fecharam suas portas.
A Polícia Militar começou a intervir na confusão de forma mais enérgica. Homens da Força Tática que estavam posicionados na parte de cima da rua desceram armados apenas com cacetetes e escudos. Os manifestante atiraram pedras e rojões nos policiais. Neste momento, homens da PM que estavam posicionados mais atrás jogaram bombas de efeito moral.
Os manifestantes correram para todos os lados. A maior parte deles desceu para a avenida Dr. José Maciel. Depois de 15 minutos de muita confusão, os manifestantes voltaram a se reunir na frente da escola Professor Inácio Maciel. Os policiais militares fizeram um cordão de isolamento na rua, na altura da Cesário Dáu.
Fonte: Google Maps

Entenda: caso aconteceu no Jd. Maria Rosa, o ponto vermelho indica o local do conflito
Cerca de 40 manifestante se posicionaram na frente da rua e começaram a atirar mais rojões em direção da polícia (veja o vídeo gravado por um cinegrafista amador). Os policiais desceram a rua para prender os baderneiros. Muitos correram para dentro de comércios e até mesmo pularam o muro da escola.
O trânsito na avenida Dr. José Maciel ficou interrmpido por cerca de 5 minutos. Os PMs apreenderam paus e rojões que foram jogados na rua durante a fuga dos manifestantes. Cerca de 20 viaturas da Polícia Militar cercaram completamente o bairro.
Com o fim do confronto, os filiados do sindicato conseguiram realizar a sua assembléia e votaram na nova diretoria.